Testemunha confirma realização de “rachas” e que Ícaro Pinto dirigia a mais de 150 quilômetros por hora

O julgamento do Tribunal do Júri Popular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, reunido nesta terça-feira, 17, no Fórum Criminal na Cidade da Justiça, em Rio Branco, para julgar os réus Ícaro José Pinto e Alan Lima, retomou a segunda parte da sessão após uma pausa par o almoço.


Os réus estão sendo julgados pela morte da comerciária Jonhliane Paiva, morta, aos 30 anos de idade, em agosto de 2020, num acidente automobilístico na Rua Antônio da Rocha Viana no qual os dois réus foram acusados de dirigirem carros de luxo e possantes em alta velocidade, sob efeito de álcool, fazendo “racha” (apostando corrida).Ícaro dirigia um BMW e Alan, um Fusca de luxo.


A vítima foi colhida quando dirigia uma moto, a caminho do trabalho, numa das lojas do Supermercado Araújo.Eram 6 horas da manhã.


Enquanto ela se dirigia para mais um dia de trabalho, os acusados, que tinham fama de playboys na cidade, saíam de uma bebedeira numa distribuidora no bairro Raimundo Melo.


Na primeira parte da sessão, iniciada a partir das 9h30min de hoje, o juiz presidente Alisson Braz sorteou os sete jurados e leu a acusação do promotor Efrain Mendonza, representante do Ministério Público do Acre (MPAC) no caso, além de iniciar a inquisição das testemunhas.


A primeira de um total de 13 – a depor foi um perito da Polícia Civil (cujo nome é preservado a pedido da Justiça), que assinou o laudo pericial que deu suporte à denúncia do MPAC.


Em depoimento, o perito disse que estudou as imagens captadas pelas câmeras de segurança onde ocorreu o acidente, a Avenida Antônio da Rocha Viana.


As câmeras foram de uma farmácia, da escola de Direito Damásio de Jesus e de uma residência. Segundo o depoente, as imagens revelaram que a BMW dirigida por Ícaro estava sempre à frente do carro dirigido por Alan e que o primeiro veículo chegou a imprimir uma velocidade superior a 155 quilômetros por hora.


Tamanha velocidade, para a testemunha, é a revelação de que ambos os motoristas participavam do chamado “racha”, denominação das corridas e apostas de velocidade geralmente executadas por jovens em vias urbanas.


Outras testemunhas serão ouvidas ainda esta tarde. Ícaro está sendo julgado com base no artigo 121 do Código Penal, por homicídio, e com base no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), por omissão de socorro e embriaguez ao volante. Alan Lima está sendo julgado por homicídio e por embriaguez ao volante.


A sentença deve ser conhecida só na tarde de quarta-feira, 18, com a realização de um dos julgamentos mais longos do ano. A expectativa é que os acusados peguem uma condenação pesada acima de 19 anos de reclusão.


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