Segundo dia de julgamento dos matadores de Jonhliane Paiva é retomado pelo Tribunal do Júri Popular

Foto: reprodução

O principal implicado no acidente que causou a morte da comerciária Jonhliane Paiva Sousa, morta por abalroamento de um carro em alta velocidade com sua moto, Ícaro José Pinto da Silva, começou a depor na manhã desta quarta-feira, 18, no segundo dia de julgamento do Tribunal do Júri Popular da 2ª Vara Criminal de Rio Branco. Em seguida deve depor o segundo implicado no caso, Alan Lima. Os dois são acusados de provocarem a morte Jonhliane Paiva Sousa por dirigirem carros de luxo em alta velocidade, embriagados ao volante, fazendo “racha” na Avenida Antônio da Rocha Viana, na manhã do dia 20 de agosto de 2020. Há dúvidas se a sentença do caso sai de fato nesta quarta-feira, com o julgamento podendo se estender até a manhã.


Os dois são denunciados pelo promotor Efrahim Mendonza, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) inicialmente por homicídio qualificado. Ícaro José responde ainda por omissão de socorro e embriaguez ao volante.


Depois dos peritos que atuaram no caso, na terça-feira, quem depôs foi Hatsue Said Tanaka, ex-namorada de Ícaro Pinto e que estava com ele no carro na hora do choque com a moto de Jonhliane. Ela negou que ambos fossem namorados e disse que ainda estavam se conhecendo. Ao ser indagada sobre ter viajado com Ícaro, mesmo eles não estando juntos, Hatsue disse que foi, pois viu que ele estava sendo verdadeiro e que não teve a intenção de matar Jonhliane.


Familiares da vítima assistem ao julgamento e vêm fazendo manifestações, com vaias e cartazes, pedindo severas punição. Os advogados de Ícaro defendem liberdade imediata para Icaro. Segundo eles, o tempo em que ele está preso está acima do esperado e alegam erros na condução das investigações. Já para a defesa de Alan, o desafio é mostrar que não houve racha e que ele estava apenas no local e na hora errada.


O promotor Efrain Enrique Filho, sustenta é necessário a condenação máxima para os dois e espera convencer os jurados de que houve dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de cometer a fatalidade. Há duvidas se o julgamento se encerra nesta quarta-feira.


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