Nova chuva de meteoros pode brilhar no céu noturno nesta segunda-feira (30)

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A Terra deve passar pela trilha de fragmentos deixada por um cometa na noite desta segunda-feira (30) e na manhã de terça-feira (31). O fenômeno poderá resultar em uma nova chuva de meteoros.


Observadores do céu noturno na América do Norte têm a melhor chance de ver a chuva de meteoros Tau-Herculídeas. A Nasa recomenda como os melhores momentos para olhar para o céu por volta de 1h na Costa Leste ou 22h na Costa Oeste dos Estados Unidos [2h da manhã pelo horário de Brasília].


A lua é nova, então não haverá luar para obscurecer os meteoros. No entanto, não há garantia de uma exibição deslumbrante, mesmo que o céu esteja limpo e escuro, enfatizou a Nasa. Pode não dar em nada.


O cometa, oficialmente conhecido como 73P/Schwassmann-Wachmann, ou SW3, foi descoberto em 1930 pelos observadores alemães Arnold Schwassmann e Arno Arthur Wachman. Ele não foi visto outra vez até o final dos anos 1970. Na década de 1990, o cometa se partiu em vários pedaços, disse a Nasa.


Quando o SW3 passou pela Terra novamente em 2006, estava em quase 70 pedaços e continuou a se fragmentar ainda mais desde então, disse o comunicado.


Nasa afirmou que as observações do Telescópio Espacial Spitzer, publicadas em 2009, indicaram que alguns fragmentos estão se movendo de maneira rápida o suficiente para serem visíveis, empolgando cientistas espaciais.


A cada ano, ocorrem cerca de 30 chuvas de meteoros, que acontecem quando a Terra passa pelo rastro de detritos deixados por um cometa ou asteroide, que são visíveis a olho nu.


Algumas chuvas de meteoros existem há séculos. A chuva de meteoros Perseidas, por exemplo, que ocorre todos os anos em agosto, foi observada pela primeira vez há cerca de 2.000 anos e registrada por astrônomos chineses, segundo a Nasa. Novas chuvas de meteoros como esta, caso se materializem, são relativamente raras.


Evento ‘tudo ou nada’

Os detritos do SW3 atingirão a atmosfera da Terra mais lentamente do que outras chuvas de meteoros e é a velocidade com que os detritos atingem, e não o tamanho deles, que causa a chuva.


Mesmo se visíveis, isso significa que os meteoros seriam muito mais fracos, por exemplo, do que os meteoros eta Aquáridas no início deste mês.


“Este será um evento de tudo ou nada. Se os detritos do SW3 estivessem viajando a mais de 220 milhas por hora (cerca de 354 km/h) quando se separaram do cometa, poderíamos ver uma bela chuva de meteoros. Se os detritos tivessem velocidades de ejeção mais lentas, então nada chegará à Terra e não haverá meteoros deste cometa”, disse Bill Cooke, que lidera o Meteoroid Environment Office da Nasa no Marshall Space Flight Center, em Huntsville, no Alabama, em um comunicado.


Chuvas de meteoros são normalmente nomeadas em referência à constelação de onde parecem irradiar no céu noturno, embora Robert Lunsford, secretário-geral da Organização Internacional de Meteoros, tenha dito que as Tau-Herculídeos foram nomeadas incorretamente.


De acordo com o especialista, a chuva de meteoros parece irradiar de uma constelação conhecida como Bootes, a Noroeste da estrela laranja brilhante conhecida como Arcturus (alpha Bootis).


“Espera-se que o radiante seja uma grande área do céu e não um ponto. Portanto, qualquer meteoro lento dessa área geral do céu pode ser de SW3”, disse Lunsford em um blog.


“Você não precisa olhar diretamente para cima, pois os meteoros podem aparecer em qualquer parte do céu”.


Mais chuvas de meteoros

Se a chuva Tau-Herculídeas for um fracasso, não tenha receio, existem várias outras oportunidades para acompanhar chuvas de meteoros este ano.


A Delta Aquáridas é mais fácil de ser vista nos trópicos do Sul e deve atingir o pico entre 28 e 29 de julho, quando a lua estiver 74% cheia.


Curiosamente, outra chuva de meteoros atinge o pico na mesma noite – a Alfa Capricornídeos. Embora esta seja uma chuva muito mais fraca, sabe-se que produz algumas bolas de fogo brilhantes durante seu pico. Será visível para todos, independentemente do lado do equador.


A chuva de meteoros Perseidas, a mais popular do ano, atingirá o pico entre 11 e 12 de agosto no hemisfério Norte, quando a lua está apenas 13% cheia.


Aqui está a programação de chuva de meteoros para o resto do ano, de acordo com as perspectivas da EarthSky.


  • 8 de outubro: Draconídeos
  • 21 de outubro: Orionids
  • 4 a 5 de novembro: Táuridas do Sul
  • 11 a 12 de novembro: Táuridas do Norte
  • 17 de novembro: Leônidas
  • 13 a 14 de dezembro: Geminídeos
  • 22 de dezembro: Úrsidas

Fonte/ CNNBRASIL


 


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