Gasolina sobe pela quarta semana e atinge novo recorde

Foto: reprodução

O preço da gasolina subiu pela quarta semana seguida nos postos brasileiros nesta semana e superou o recorde observado na anterior ao atingir a média de R$ 7,295 por litro, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).


O valor verificado pela agência nesta semana é 0,1% superior ao da última pesquisa, de R$ 7,283 por litro.


O maior preço detectado pela ANP foi R$ 8,999, em Tubarão (SC), R$ 0,40 a mais do que o verificado na semana anterior em São Paulo e no Guarujá, no litoral paulista.

O preço do diesel também manteve tendência de alta, sendo vendido, em média, a R$ 6,630 por litro, R$ 0,02 acima do verificado pela ANP na última semana.


Os dois produtos sofreram os últimos reajustes nas refinarias no dia 11 de março. A alta recente na gasolina é explicada pela elevação da cotação do etanol hidratado. Já o diesel vem sendo impactado por importações mais caras.


O preço do etanol hidratado reverteu a tendência de alta e já começa a refletir a queda de 9% nas usinas de São Paulo registrada na semana passada, após o início da colheita.


Nas bombas, segundo a ANP, o preço médio do etanol hidratado foi de R$ 5,441 por litro, 1,7% abaixo do verificado na semana anterior.


Já o preço do gás de cozinha manteve-se estável novamente, em R$ 113,11 por botijão de 13 quilos.


O preço do GNV também teve um salto esta semana: foi vendido a R$ 5,226 por metro cúbico, valor 9,4% superior ao registrado na última pesquisa.


A alta reflete repasses do aumento de 19% no preço de venda de gás natural da Petrobras às distribuidoras de gás encanada a partir do início do mês.


O mercado espera por reajustes nos preços da gasolina e do diesel em breve, já que a defasagem em relação às cotações internacionais está em níveis semelhantes aos anteriores aos mega-aumentos de março.


Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras está R$ 1,27 por litro abaixo da paridade de importação, conceito usado pela política de preços da Petrobras que simula quanto custaria para trazer o produto do exterior.


No caso da gasolina, o preço interno está hoje R$ 0,78 por litro abaixo da paridade, ainda segundo a Abicom. O aumento da defasagem reflete a desvalorização do real e a recuperação dos preços no mercado americano nas últimas semanas.


Nesta sexta-feira (6), após anunciar lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre, a Petrobras repetiu que não repassará ao mercado interno a volatilidade das cotações internacionais, mas defendeu sua política de preços dos combustíveis.


A estatal foi criticada na quinta-feira (5) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que considerou o lucro da empresa um “estupro” e pediu que novos reajustes fossem segurados.


Fonte: Folha de São Paulo


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