No momento em que o país vive sucessivas altas nos preços do diesel e da gasolina, o g1 entrou na Replan, maior refinaria de petróleo do Brasil, para mostrar como funciona a produção dos itens que têm figurado como “vilões” da inflação no país em 2022.
Peças gigantescas, roupas especiais, fornos de até 1.300ºC, dutos de quase mil quilômetros, ligando a unidade a cidades de diferentes regiões do país… Reunimos estas e outras curiosidades do processo desde a extração no pré-sal até a chegada do produtos aos consumidores.
A Replan fica em Paulínia, cidade localizada a 122km da capital paulista, e produz 20% do petróleo refinado no Brasil, abastecendo nove estados da federação.
A planta, que completa 50 anos de existência nesta quinta-feira (12), é a maior da Petrobras em capacidade de processamento de petróleo.
A área total da refinaria, exatos 9.125.000 m², é equivalente a 1.200 campos de futebol. O tamanho equivale a 6,5% da área total da cidade de Paulínia, que tem 139.332 km², onde a refinaria se localiza.
São 17 unidades de produção ao todo, sendo que a primeira, de destilação, está em operação até hoje. Uma nova unidade vai ser construída, e prevê a geração de 6 mil empregos, diretos e indiretos.
O diesel é o carro-chefe, com 37.000m³ produzidos por dia, o suficiente para abastecer 74 mil ônibus com tanques de 500 litros.
Segundo o gerente geral da Replan, Rogério Daisson, não se fala em semanas, mas, sim, em dias quando o assunto é o período necessário para produção de um combustível. Em média, menos de sete dias. Veja o passo a passo até o petróleo chegar na Replan:
O processo de refino do petróleo entrega os produtos que saem da Replan com um preço estabelecido pela Petrobras, mas os custos variam por conta da logística de distribuição e distanciamento das cidades.
Como a Replan está em Paulínia, o preço da gasolina para os motoristas na bomba, por exemplo, também tende a ser mais baixo do que em outras cidades do estado de São Paulo, mais distantes.
No início deste mês, cidades da região de Campinas chegavam a cobrar R$ 6,957 pelo litro, caso de Amparo, enquanto Paulínia vendia nos postos a R$ 6,798.
Fonte/ G1