Ciclone, neve e tempestades: Tempo muda em 15 estados do Brasil esta semana

A passagem de uma frente fria e a formação de um novo ciclone na região Sul vão provocar mudança considerável de tempo em pelo menos 15 estados, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que emitiu alerta de perigo para as intempéries dos próximos dias. Em todos eles, há risco de chuvas intensas e tempestades, com ventos fortes que podem chegar a 100 km/h em alguns locais.


Em nove unidades federativas, a temperatura deve cair 5°C em relação à média, por isso há o alerta também de frio intenso, que pode durar até cinco dias. São elas: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Rio Grande do Sul e Santa Catarina que ainda sentirão os efeitos de um ciclone com força de furacão nos próximos dias, e ainda risco de geadas e “chuva congelante”. Também devem ser atingidos por chuvas intensas e tempestades Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.


As regiões do Vale do Acre, Marajó, Baixo Amazonas, Norte Mato-grossense, Sudoeste Paraense, Leste Rondoniense, Norte do Amapá, Centro Amazonense, Sul Amazonense, Norte Amazonense, Madeira-Guaporé, Sul do Amapá e Vale do Juruá podem ser afetadas por chuvas intensas, com índices pluviométricos entre 20 e 30 milímetros por hora (mm/h) ou até 50 milímetros por dia (mm/d), além de ventos intensos entre 40 e 60 quilômetros por hora (km/h).


No Norte de Roraima, Leste Rondoniense, Centro Amazonense, Sudoeste Amazonense, Norte Amazonense, Sul Amazonense, Madeira-Guaporé, Sul de Roraima, Norte Mato-grossense, Vale do Juruá, Baixo Amazonas e Vale do Acre, o Inmet alerta para chuvas intensas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, com ventos intensos (60 a 100 km/h). Risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas


Para a Região Metropolitana de Porto Alegre, Sudeste Rio-grandense, Sul Catarinense, Serrana, Nordeste Rio-grandense, o alerta é para vendavais com a velocidade dos ventos variando entre 60 km/h e 100 km/h. Haverá risco de queda de árvores, destelhamento de casas e danos gerais em edificações e plantações. De acordo com o Climatempo, municípios de serras gaúchas e catarinenses podem também enfrentar neve ao longo da semana.


Ciclone raro com força de furacão

Segundo o MetSul Meteorologia, um ciclone de trajetória incomum e rara intensidade atingirá o Rio Grande do Sul e Santa Catarina entre amanhã (17) e quarta-feira (18) com rajadas de vento extremamente fortes e que podem ganhar força de furacão em alguns pontos, com velocidade acima de 100 km/h em diversas localidades e superiores a 120 km/h em parte do Leste gaúcho.


Os dados de modelos meteorológicos indicam um ciclone muito intenso e com valores de pressão extremamente baixos junto ao leste do Rio Grande do Sul. A pressão no centro do ciclone pode se tornar muito baixa, equivalente à de um furacão categoria 1.


consenso na comunidade meteorológica é que se tratará de um ciclone subtropical e que vai ser batizado pela Marinha do Brasil como uma tempestade subtropical de nome Yakecan ou “o som do céu” na língua tupi-guarani. O último ciclone a ter sido nomeado na costa brasileira foi a tempestade subtropical Ubá, em dezembro de 2021.


Segundo Norma da Autoridade Marítima para Meteorologia Marítima (NORMAM-19), ciclones atípicos (subtropicais e tropicais) que se formam no mar territorial brasileiro são nomeados.


O Sul e Leste do Rio Grande do Sul serão as regiões mais castigadas, com ventos de 90 km/h a 110 km/h, mas as rajadas em alguns pontos podem atingir de 110 km/h a 130 km/h, em especial no Litoral Sul e na área da Lagoa dos Patos. O MetSul avisa, porém, que há modelos que estimam velocidades ainda maiores, da ordem de 130 km/h a 150 km/h e isoladamente superiores, sobre áreas do Litoral Sul e da Lagoa dos Patos.


Em Santa Catarina, os ventos podem ser muito fortes no Sul do estado com as rajadas mais intensas ocorrendo no Litoral Sul, onde em alguns pontos devem ficar próximas ou acima de 100 km/h, como nas áreas de Passo de Torres, Balneário Rincão e Laguna. O vento nas montanhas do Planalto Sul Catarinense, Morro da Igreja, e em elevações na borda da Serra nos Aparados pode atingir velocidades ainda mais altas.


Fonte/ Uol notícias


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