Casal acusado de torturar filho de 11 anos virou alvo do ‘tribunal do crime’, diz parente

O casal acusado de torturar e ferir o filho de 11 anos em Itu, no interior de São Paulo, é ameaçado pelo “tribunal do crime” de uma facção criminosa. O pedreiro Juliano Ribeiro, 32 anos, e a mulher dele, Maria Angélica Gomes, de 27 anos, fugiram de casa após o caso se tornar público e em razão das ameaças, segundo o irmão de Juliano. “Qual pessoa que estaria ameaçada de morte pelo tribunal do PCC e não sairia de casa?”, afirmou em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV.


O garoto, que vem sendo chamado de Ituzinho, foi acolhido pelo Conselho Tutelar de Itu após apresentar inúmeros ferimentos pelo corpo. Eles teriam sido feitos em tortura praticada pelos pais. Cansado de apanhar, o menino pulou o muro e pediu ajuda aos vizinhos.


Entre as agressões relatadas, estão golpes com talheres quentes e com líquido de bateria corrosivo. O couro cabeludo do menino foi ferido pelo líquido, e em parte dele não cresce mais cabelo. O pai também ameaçava cortar os dedos da criança, que tinha que cuidar da casa e ainda ajudar o pai nos serviços de pedreiro.


Após a denúncia, o Conselho Tutelar acionou a Guarda Municipal e começou a buscar o garoto, que foi encontrado na casa de parentes. O caso do menino já havia sido denunciado ao Conselho Tutelar em outras duas oportunidades, mas o menino seria instruído pelo pai a mentir, afirmando que não havia sido agredido.


“Eu não consigo fazer coisa dentro de casa que eu apanho também. E eu não posso pegar nada na geladeira pra comer que eu apanho também“, afirma em vídeo gravado pelos vizinhos.


Os pais do menino também são procurados pela polícia.


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