Segundo uma publicação da Universidade de São Paulo (USP) em 19 de junho de 2019, a CIÊNCIA e a FÉ não são conceitos excludentes. Pelo contrário. Pode-se dizer que são complementares. Para além da famosa frase de Einstein, que disse que Deus não jogava dados com o universo, a ciência não é a única fonte de fatos e a religião vai além do reino dos valores e da moral.
Com relação à oração, um novo estudo realizado na Universidade Thomas Jefferson, na Pensilvânia, nos Estados Unidos revela que a cura física pode ocorrer como resultado do poder da oração. O resultado mostrou através de ressonâncias magnéticas do cérebro que há poder na oração e que religiosos ativam áreas específicas do cérebro.
Hoje em dia é muito comum, as pessoas realizarem as famosas “correntes de orações”, seja nas igrejas, nas rádios ou até nas redes sociais para, através da fé, ajudar algum parente ou amigo que se encontra com uma doença grave, e especialmente quando está sendo submetido a uma cirurgia de alto risco. Foi o que me aconteceu quando fui submetido no dia 30 de Março deste ano a uma cirurgia no coração no centro cirúrgico do Hospital Santa Juliana, onde cirurgiões daquela casa implantaram duas pontes de safena e ativaram meus dois rins, que não ofereciam suas funções primordiais para o bom funcionamento dos meus demais órgãos vitais.
Após 23 dias de cuidados intensivos na UTI do renomado Hospital Santa Juliana de Rio Branco, Acre, tive alta para continuar me recuperando em casa, sob os cuidados da família e amigos que não cansam de me fortalecer, especialmente com suas orações. Por isso, manifesto nos parágrafos seguintes, meu eterno agradecimento, pelas correntes de orações dos meus familiares e amigos que, sem dúvida alguma, contribuíram para o êxito da minha cura.
AGRADECIMENTOS:
- Meus filhos Adriana, Juan Ivan e Jorge Amado que moram em Santa Catarina assim como minha amiga e conterrânea Victoria Gamero.
- Meus muitos amigos de Rio Branco-Acre, de Ibéria e Puerto Maldonado-Perú.
- Minha Irmã Maria dos Anjos e minha amiga Margarita Ripamonty, em Lima-Peru
- Meus irmãos João, Juana e Celinda, na Espanha.
- Minhas irmãs Mercedes e Alexandra assim como minha sobrinha Carina Rivas nos Estados Unidos.
Externo também com muita emoção neste simples texto, minha eterna gratidão a todos os técnico e enfermeiros da UTI do Hospital Santa Juliana, que além de profissionais altamente capacitados, dedicam um cuidado muito especial aos seus pacientes para que prontamente se recuperem e voltem felizes ao acalento de seus familiares.
Agradeço de todo coração a cardiologista e cirurgiã vascular, Halyna Melo, por meio de quem vai minha sincera gratidão a todos seus colegas médicos e cirurgiões do Hospital Santa Juliana. Portadora de uma humildade feminina, diria eu, própria da mulher acreana, Halyna é uma profissional destacada na sua área. Muitas pessoas, assim como eu, que fomos atendidos por ela, só temos elogios e um eterno agradecimento ao seu trabalho. Com sua sensibilidade feminina e seus avançados conhecimentos de medicina, tem uma mão decidida quando segura seu bisturi cirúrgico para fazer a restauração de qualquer coração infartado, para deixá-lo “novinho em folha” e com um pulsar firme, para continuar uma nova vida. Obrigado doutora Halyna e obrigado aos seus colegas do Santa Juliana.
Relatos de sonhos espelhado na fé religiosa.
Quando dei entrada na sala de cirurgia, fui recepcionado pelo enfermeiro Wescley Cabral, e outros profissionais. Ao Wescley, eu já o conhecia quando tinha feito um cateterismo na sala de medicina nuclear. Conversamos pouco, apenas me disse que iria dar início aos procedimentos prévios para a intervenção cirúrgica. Logo comecei a agradecer a Deus pelo que eu era: Um homem simples, carinhoso, de bom caráter e também pecador. Agradeci pela minha Bela esposa que com ela damos movimento a nossos filhos. Minha concentração foi interrompida
- por Wescley que bem a minha frente me disse que agora iria me aplicar a anestesia geral, e que não me preocupasse porque tudo iria sair muito bem. Foi neste instante que eu vi na pessoa do meu enfermeiro, o meu santo protetor peruano, San Martín de Porres, que também era um enfermeiro. Já no início dos primeiros efeitos da anestesia, comecei a ver todos meus netos e ao lado deles meu protetor San Martín que me disse: “Seus netos são muito lindos e você tem que continuar cuidando deles”, impôs sua mão sobre minha cabeça e “apaguei”.
- Após cinco dias da minha exitosa cirurgia vascular, outros órgãos vitais do meu corpo começaram a apresentar alto risco, sendo preciso os médicos da UTI me submeterem a um coma induzido para que pudessem realizar as intervenções adequadas. Neste intervalo que fiquei desacordado, só não sei em que momento, me via andando por um caminho bem estreito, mas muito bem iluminado. Caminhando a passos lentos e sentindo muito frio. De repente me deparei com um belo lobo que fitando seus olhos nos meus, não latia, mas parecia me cumprimentar mexendo sua linda cauda peluda. Não tive medo dele e até acariciei sua cabeça.
Aquele canino passou a andar na minha frente me conduzindo naquele caminho muito bem iluminado até chegarmos a uma simples cabana onde um ancião de barbas brancas e muito brilhantes me recebeu e me disse: “Entre meu filho, vejo que você está com muito frio”. Em seguida falou alguma coisa para o lobo e começou a retirar de uma sacola migalhas, talvez de pão ou de biscoitos para distribuir a vários gatos e ratos que ordeiramente foram aparecendo para se alimentarem. “Eles também são filhos de Deus”, me disse aquele ancião ao ver que eu estava um pouco assustado e sob os cuidados daquele lobo que não tirava o olhar de mim.
Em seguida o amável velhinho sentou no chão e me disse: “Eu sou San Martín, deite aqui no meu colo porque la fora está um temporal muito forte e especialmente na sua casa”. Fiquei adormecido, mas não conseguia dormir porque o lobo de vez em quando dava um latido e mordia suavemente minha perna. Depois de um bom tempo, meu velhinho protetor me disse: “Pronto, acabou o temporal, agora você vai para sua casa”.
- Já restabelecido do coma, tive que fazer uma “dieta zero” para realizar uns exames. Tinha muita fome e principalmente sede. Ao pedir água a uma enfermeira que estava do meu lado, ela me disse que eu não podia beber água, me trazendo em seguida um pequeno copo e um pedaço de gaze, o qual ela o ensopava de água e apenas humedecia meus lábios e deixava que desse uma ligeira mordida na gaze. Minha sede aumentava cada vez mais e, pedindo por favor, me traziam mais gazes ensopadas de agua.
Com tanta sede teve uma hora que fiquei adormecido e recordei que Jesus também passou por algo semelhante quando foi crucificado, e com muita sede, ao invés de água lhe alcançaram na ponta de uma lança, um pano embebido de vinagre. Nesta minha imaginação transformada em sonho, apareceu meu amigo e enfermeiro Wescley que me pegou em seus braços e me levou até um riacho de águas cristalinas, pegou uma folha e a transformando em um copo, me alcançou para tomar daquele líquido precioso. Logo ele me disse: “Já está bom, vamos voltar”. Quando virei, vi que não era o Wescley e sim meu protetor, San Martín. Ao acordar na minha cama na UTI, um enfermeiro estava do meu lado me perguntando se eu queria mais uma ‘aguinha’ na gaze, eu simplesmente lhe agradeci lhe dizendo que já havia tomado bastante água.
Para finalizar este meu breve texto narrativo, quero agradecer de todo coração a minha irmã Conceição, Miguel, Antônio, minha cunhada Edna, minha sobrinha Odalia, Carlos, meus filhos Junior, Ágata, Neylson e Juan que a todo momento estavam a minha volta para que nada me faltasse. Minha gratidão maior é na realidade para minha querida esposa Bella Luz, que vencendo toda dificuldade, sempre me esteve fazendo companhia e nunca perdeu as esperanças do meu pronto restabelecimento.
OBRIGADO MEU DEUS!
Por José Díaz