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“Mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira”, diz diretora da OMC em visita ao Brasil

Foto: Reprodução

A diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, economista de 66 anos, disse, em Brasília, durante visita aos deputados membros da Frente Parlamentar da Agricultura, que “o mundo não sobrevive sem agricultura brasileira”. A declaração foi feita no momento em que há uma alta global nos preços dos alimentos, provocada pela crise nas cadeias globais em meio à pandemia e agravada pelo conflito no Leste Europeu


De acordo com a economista, o Brasil tem papel fundamental no mercado global de alimentos. “Eu sei que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira. Precisamos pensar nos desafios futuros, não só do Brasil, mas do mundo todo”, disse Ngozi, reforçando o potencial produtivo e sustentável do setor agropecuário brasileiro. “Estou animada sobre o que o Brasil tem a dizer sobre a área ambiental e as tecnologias produtivas com potencial de descarbonização”, acrescentou, em declarações reproduzidas pela rede de TV CNN.


A crise nas cadeias globais em meio à pandemia e agravada pelo conflito no Leste Europeu, onde há importantes produtores de commodities como trigo, milho, gás e fertilizantes, ameaça a produção de alimentos no mundo, o que só não torna a situação pior por causa do Brasil. Nesse cenário, Ngozi diz que teme por uma “crise de fome sem precedentes”.


O Brasil é o quarto maior exportador global de grãos –como arroz, cevada, soja, milho e trigo–, atrás de União Europeia, Estados Unidos e China, e o maior exportador de carne bovina, com o maior rebanho bovino do mundo, segundo a Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire) da Embrapa.


Pesquisa da entidade também diz que o país responde por 50% do mercado de soja e alcançou, em 2020, o posto de segundo exportador de milho. O valor bruto da produção agropecuária brasileira deve alcançar mais de R$ 1,22 trilhão em 2022, de acordo com os dados do mês de março publicados pelo Ministério da Agricultura. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o valor representa um aumento de 2%.


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