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MP pede à Justiça quebra de sigilo em processo que investiga sequestro e tortura de jornalista

Foto: Reprodução

O Ministério Público de Roraima (MP-RR) informou à Rede Amazônica nessa segunda-feira (25) que solicitou que o processo que investiga o sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos saia do segredo de Justiça e fique aberta ao público.


O pedido, feito por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), afirma que as provas acerca do crime são robustas e a “sociedade roraimense deve acompanhar o prosseguimento do caso”.


O MP também informou que o Gaeco retornou ao processo e já solicitou ao Judiciário o prosseguimento da denúncia pelos mesmos fatos investigados.


Também reforçou que as investigações ocorrem de forma imparcial, com produção de “elementos probatórios convincentes que sustentam as medidas judiciais”.


O sequestro do jornalista Romano dos Anjos, de 40 anos, ocorreu na noite do dia 26 de outubro de 2020. Ele foi levado de casa no próprio carro. O veículo foi encontrado pela polícia queimado cerca de uma hora depois.


O ex-deputado estadual Jalser Renier é apontado como o mandante do crime. Além disso, policiais militares ligados a ele são suspeitos de executarem o crime.


Operação Pulitzer


No dia 16 de setembro, seis policiais militares e um ex-servidor da Ale-RR foram presos na primeira fase da operação Pulitzer por suspeita de envolvimento no sequestro do jornalista Romano dos Anjos. A ação foi executada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp).


Ao todo, foram 11 presos no caso Romano dos Anjos, entre eles os militares Natanael Felipe de Oliveira Júnior, Moisés Granjeiro de Carvalho, Paulo Cezar de Lima Gomes, Vilson Carlos Pereira Araújo, Clóvis Romero Magalhães Souza, Nadson José Carvalho Nunes, Gregory Thomas Brashe Júnior, Thiago de Oliveira Cavalcante Teles, o ex-servidor da Ale-RR Luciano Benedicto Valério e o ex-deputado estadual Jalser Renier.


Em 25 de setembro, o g1 noticiou que o delegado-geral da Polícia Civil de Roraima, Herbert Amorim Cardoso, tentou interferir nas investigações sobre o sequestro do jornalista Romano dos Anjos. A informação foi citada em trecho da representação do delegado João Luiz Evangelista.


No dia 30 de setembro, a Corregedoria da Polícia Civil abriu processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo disciplinar contra o delegado-geral Herbert de Amorim e o delegado-adjunto Eduardo Wainer para apurar a suposta interferência no caso.


Em 1º de outubro, Jalser foi preso na segunda fase da Operação Pulitzer. A ação também prendeu mais dois coronéis e um major da Polícia Militar.


Caso Romano dos Anjos


O suspeito de ser o mandante do sequestro é o ex-deputado Jalser Renier — cassado por que quebra de decoro. Jalser, segundo o MP, atuou como líder de milícia para agir contra aqueles que eram contra a forma de atuação na Assembleia Legislativa de Roraima, incluindo o jornalista.


No dia do sequestro, Romano teve as mãos e pés amarrados com fita e foi encapuzado pelos suspeitos. Romano passou a noite em uma área de pasto e dormiu próximo a uma árvore na região do Bom Intento, zona Rural de . Na manhã do dia 27, ele começou a andar e foi encontrado por um funcionário da Roraima Energia.


O delegado Herbert Amorim, que conversou com o jornalista no trajeto do local onde foi encontrado até o Hospital Geral de Roraima (HGR), disse que depois de ter sido abandonado pelos bandidos, Romano conseguiu tirar a venda dos olhos com o braço e soltar os pés.


No HGR, ele relatou aos médicos ter sido bastante agredido com pedaços de pau.


Fonte: G1 RR


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