Menina morre após cair do 4º andar; responsáveis estavam no mercado, diz PM

Luna Victorique Zabatiero Carlota, de 5 anos, estava sozinha em casa no momento da queda.



Imagem: Redes sociais


Uma menina de cinco anos morreu após cair na noite de ontem do quarto andar de um prédio, em um condomínio residencial em Chapecó (SC). Conforme a Polícia Militar, Luna Victorique Zabatiero Carlota estava sozinha em casa no momento da queda. A mãe e o padrasto dela estavam em um supermercado próximo comprando a janta.


O caso aconteceu no centro da cidade. Uma testemunha, moradora do andar inferior, falou aos policiais que conseguia ouvir a criança pulando dentro do apartamento e o barulho da televisão. Em certo momento, ela relata que viu a garota em pé, próxima a uma janela aberta, quando se desiquilibrou e caiu.


Os bombeiros foram acionados e, ao chegarem ao local, encontraram a garota sem sinais vitais. Ainda foram feitas, durante o deslocamento ao Hospital Materno-Infantil, seis tentativas de reanimação, mas sem sucesso. Na unidade hospitalar, o óbito foi confirmado.


Ainda no local da queda, vizinhos conseguiram chamar os responsáveis —a mãe, de 30 anos, e o padrasto, de 21. Os moradores tentaram agredir o homem, e os militares tiveram que intervir, de acordo com a PM. A mãe estava em estado de choque.


À Polícia Militar, o padrasto afirmou que trancou uma das janelas do apartamento e a outra tinha proteção. A ida ao supermercado para comprar a janta teria durado em torno de 20 minutos.


Vizinhos relataram que os responsáveis deixavam Luna sozinha em casa com frequência e que já viram a criança outras vezes sentada perto da janela. O caso foi registrado pela PM como abandono de incapaz com morte.


Apartamento não tinha tela de proteção


O caso está sendo investigado pela DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Chapecó. A Polícia Civil afirmou que a queda da menina ocorreu pela janela da sala, que não tinha tela de proteção, assim como em todo o apartamento.


“No quarto da menina tinha uma tela de proteção de mosquito, e não aquelas redes de proteção específicas para crianças”, afirmou ao UOL o delegado Éder Matte.


Sobre o fato de a criança estar sozinha em casa com frequência, os responsáveis e outras testemunhas devem ser ouvidos formalmente na próxima segunda-feira (11) pela Polícia Civil.


“No local, informalmente, os familiares e vizinhos foram questionados sobre possíveis situações de maus-tratos. Foram verificados também no local consumo de bebidas alcoólicas, outros tipos de drogas, e nada disso foi confirmado”, relatou.


O delegado aguarda o resultado da perícia para anexar ao inquérito, que deve ser finalizado em até 30 dias, mas a Polícia Civil diz que pretende esclarecer o caso antes.


Fonte:  UOL NOTÍCIAS


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