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Homem que quebrou braço de aposentado que ‘buzinou demais’ diz ter sido ameaçado de morte antes da agressão: ‘sinal de arminha’

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O motorista João Batista Dias, de 52 anos – que na semana passada quebrou o braço de um motorista de aplicativo de 63 anos durante uma briga de trânsito em São Vicente, no litoral de São Paulo –, diz ter cometido a agressão porque foi ameaçado de morte pela vítima.


Dias afirmou que quis se defender pois o outro motorista estava armado. A briga foi gravada por uma testemunha (veja o vídeo abaixo). O agressor prestou depoimento nesta segunda-feira (18) na Delegacia Sede de São Vicente.


Em entrevista ao g1, Dias disse que a confusão começou dois quarteirões antes do local da agressão e que o motorista do outro carro estava dirigindo muito devagar por uma avenida (leia, mais abaixo, a versão dele).


A vítima é um aposentado que trabalha motorista de aplicativo e não poderá trabalhar por dois meses e meio, em razão da fratura no cotovelo causada pelo agressor.


Uma testemunha que preferiu não se identificar contou ao g1 que, enquanto segurava o braço da vítima, o autor da agressão gritava frases como: “Sabe com quem está falando?” e “Sabe para quem você buzinou?”.


 


Agressor quebra braço de motorista em São Vicente


A versão do agressor


Ao g1, Dias deu sua versão para a agressão. De acordo com ele, tudo começou porque o outro motorista circulava em baixa velocidade por uma via de São Vicente.


“Ao perceber que ele [o outro motorista] não ia dar passagem, passei pela direita. Acho que ele ficou um pouco enfurecido. E eu, percebendo, atravessei o sinal de atenção de amarelo para vermelho, e ele passou atrás. Quando parei, ele emparelhou comigo, me ameaçando de morte. Ele falou: ‘Você quer morrer?’. E fez um sinal de arminha para mim. Fui seguindo, porque ele me fechou de novo.”


Dias afirma que, mais à frente, após os carros ficarem novamente emparelhados, viu o outro motorista se abaixando no banco do carro e que, por isso, imaginou que o aposentado estivesse pegando uma arma.


“Ele já tinha feito um sinal de arminha para mim. Foi fração de segundos. Pulei do carro e peguei o braço dele, que estava para empurrar o meu peito”, lembrou.


Dias contou que realmente viu uma pistola no console do carro do outro motorista. Por isso, continuou segurando o braço do homem. “Se ele tinha feito um sinal de arminha, ele ia pegar uma arma de verdade. E realmente ele pegou. Foi a hora que eu falei: ‘Põe o braço para fora’. E, quanto mais ele não punha, mais eu apertava.”


O agressor disse que, quando o sinal abriu, ninguém foi ajudá-lo e não havia policiamento na região.


“Quebrei o braço dele. Dá para ver isso na filmagem claramente, não vou mentir. Estou aqui para expor isso, por Justiça. Quis quebrar o braço dele porque eu não tinha opção. Se não quebro, quando eu virasse as costas, ele me baleava. Eu ia ser só uma vítima fatal.”


Agressor disse ser alvo de ameaças



Agressor disse que a vítima fez ‘um sinal de arminha’ durante briga de trânsito em São Vicente — Foto: Reprodução/TV Globo


Dias explicou que empurrou o outro motorista e foi embora. O agressor diz que, quando chegou em casa, viu várias pessoas já comentavam sobre o vídeo da briga, que já estava circulando na internet.


“Está certo eu ter quebrado o braço dele? Não está. A violência gera violência. Mas ele foi atrás de mim para
falar que iria me matar”, disse.


Dias conta que, após o caso, foi para outra cidade porque está sendo alvo de ameaças.


“Eu tenho medo, porque tem pessoas se passando por facções criminosas, dizem que vão acabar com a minha vida, da minha família. Eu já pedi para a minha filha tomar cuidado, falar que não me conhece, que não sabe quem eu sou.”


Passageiros de ônibus gravaram cena


O episódio aconteceu em 12 de abril. Na gravação, é possível ver que agressor puxou o braço da vítima para fora da janela e só soltou, aparentemente, depois de tê-lo quebrado.


As imagens foram feitas por passageiros de um ônibus que passava pelo local. Segundo as autoridades, o agressor se enfureceu pelo fato de o aposentado ter “buzinado demais”.


Vítima é motorista de aplicativo



Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da TV Globo, a vítima, que prefere não ser identificada, revelou que jamais imaginou passar por algo parecido.


“Se alguém buzina para mim, eu não agiria dessa forma. Acho que não é necessário tudo isso“, disse.


A esposa da vítima, que também prefere não ser identificada, revelou ao g1 que o sentimento é de indignação pelo ocorrido:


“Foi uma brutalidade tremenda, uma falta de amor ao próximo. Ninguém merece isso. O agressor não merece viver em sociedade. Ele é um monstro”.


Fonte: g1 Santos


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