O reajuste do preço dos medicamentos deve entrar em vigor nos próximos dias e usuários já sentem a diferença em alguns produtos. A senhora Raimunda Bezerra gasta, pelo menos, R$ 600 por mês com remédios e relata dificuldade em custear os medicamentos. “No momento, parei de tomar por falta de condições financeiras. Fui tentar comprar um mais em conta e acabou debilitando mais ainda minha saúde”, conta a dona de casa.
José de Freitas, proprietário de uma drogaria em Cruzeiro do Sul, explica que os medicamentos sofrem alta anualmente e, neste ano não seria diferente. “O aumento é anual pelo PCU. Quando as distribuidoras recebem o reajuste, automaticamente já mandam os catálogos e repassamos os descontos dos preços antigos, só assim é repassado com aumento”, diz.
O preço de medicamentos deve subir cerca de 10% em todo o país. O aumento de 10,89% é uma escala anual feita por meio da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O Governo controla o reajuste de preços de medicamentos periodicamente, estabelecendo o aumento máximo que esses produtos podem atingir no mercado brasileiro.
Ainda de acordo com o empresário, José de Freitas, os fármacos mais comprados são o de uso contínuo — para diabetes e pressão alta. Em Cruzeiro do Sul, o valor do remédio para problemas cardíacos custa em média R$ 388,74 ainda com preço antigo. Com o novo reajuste, saíra por R$ 426,80, aumento que afeta diretamente o consumidor. Além disso, os custeios mensais levam em consideração outros fatores como a gasolina e produtos alimentícios, que também sofreram reajuste.