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Busca por táxi compartilhado cresce em Rio Branco com alta no preço da gasolina e aumento da corrida por app

Passageiros dizem preferir corridas em táxis compartilhados por segurança e também pelo baixo preço. Na capital acreana, o valor da tarifa do táxi compartilhado é de R$ 6 por corrida.


Busca por táxi compartilhado cresce com alta da gasolina e aumento da corrida por app


Com a alta dos combustíveis, problemas no transporte público e dificuldade para conseguir uma corrida por aplicativo, os táxis compartilhados têm se tornado uma opção para quem precisa de transporte em Rio Branco. Dados do Sindicato dos Taxistas e Condutores Autônomos mostram que, atualmente, cerca de 7 mil pessoas usam o serviço de táxi compartilhado na capital acreana, que funciona das 5h às 19h diariamente.


O táxi de lotação ou táxi compartilhado, como é conhecido na capital, é uma alternativa para quem precisa ir do Centro para os bairros da cidade ou vice e versa.


“Hoje operam no sistema 150 táxis, que são identificados de maneira diferente, e operam na Praça do Compartilhado, como é chamado o local”, explicou o diretor do Sindicato dos taxistas, Esperidião Teixeira.


Em março, as empresas de transporte por aplicativo 99 e Uber anunciaram que iriam aumentar os valores pagos aos motoristas credenciados em suas plataformas para compensar os impactos gerados pela disparada no preço do petróleo e, por consequência, dos combustíveis.


No último dia 5, a empresa Uber anunciou que passou a mostrar para os motoristas parceiros o endereço de destino e o valor total da corrida antes que eles aceitem a viagem. Segundo a empresa, o novo recurso está disponível em todas as capitais do país.


Porém, em Rio Branco, alguns passageiros não gostaram muito a mudança por acreditarem que haverá muitos cancelamentos das corridas.



Corridas de táxis compartilhados cresceram em Rio Branco durante a pandemia e crise no transporte público — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre


Mudanças


O táxi compartilhado se popularizou os últimos dois anos com a pandemia de Covid-19 e também a crise do transporte público em Rio Branco. A estudante Maria Eduarda pegou o transporte para o Residencial Jequitibá e falou sobre a espera do ônibus no Terminal Urbano.


“Quando a gente espera ele [ônibus] no bairro, temos que esperar dar a volta no bairro todo, pela Floresta e shopping, e a gente passa no terminal e não está. Prefiro pegar o táxi do que esperar por mais horas” criticou.


O valor da tarifa do táxi compartilhado é de R$ 6 por corrida. O preço das corridas feitas por carros de aplicativo vem aumentando de forma progressiva e o custo benefício do táxi tem agradado os passageiros.


É o caso do operador de máquinas pesadas Wendel Souza da Costa. Ele esperava um táxi com o filho para ir para o bairro Calafate e falou que o serviço é eficiente.


“Acho melhor porque é mais eficiente, você vem no ar-condicionado, te deixa em um bom local e atende você bem. O ônibus no Terminal, você espera de uma hora ou mais de uma hora. Pra mim o táxi é melhor“, destacou.



Wendel Souza da Costa prefere andar de táxi compartilhado por achar mais seguro — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre


O taxista José Júnior trabalha há 23 anos na área e ajudou a pensar o modelo de táxi compartilhado na capital acreana. Ele leva passageiros para o Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito, e diz que essa foi a forma de abrir espaço para os taxistas depois da chegada dos carros de aplicativo.


“Essa ideia surgiu em 2019, veio a febre dos aplicativos e a gente observava muito nas redes sociais o que as pessoas falavam dos taxistas e tivemos essa ideia de criar o táxi compartilhado“, acrescentou.


O serviço de táxi compartilhado funciona de segunda a segunda e os passageiros podem solicitar corridas por meio de grupos criados em um aplicativo de mensagens. Cada bairro tem um grupo e o serviço ainda é uma novidade em Rio Branco e, por isso, o sindicato planeja com a prefeitura e órgãos de fiscalização sobre as regras.


 


“Temos uma audiência pública no próximo dia 12 no Ministério Público, com a doutora Alessandra [Marques] que é da Promotoria de Defesa do Consumidor e vamos explicar que a categoria, de livre e espontânea vontade, se propôs a pagar um seguro de vida para os passageiros. Todos os taxistas passaram por reciclagem e são obrigados a cumprir o curso que determina a leia federal. Então assim podemos transportar o passageiro dentro da maior segurança possível”, concluiu o sindicalista.


Fonte: JAC 2


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