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Saúde realiza programação de mobilização e luta contra a tuberculose

Imagem: divulgação

Em Rio Branco, a abertura da campanha será às 8h30 do dia 24 de março, na Urap Hidalgo de Lima, e às 15h, no Palácio do Comércio, será realizada entrega dos certificados aos profissionais de saúde que foram capacitados em Prova Tuberculínica (PPD). A seguir, serão explanadas as ações a serem desenvolvidas na capital durante a Campanha da Semana de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose.


“Em todo o estado desenvolvemos ações pontuais nos presídios, nas unidades básicas de saúde, onde profissionais realizarão palestras de prevenção da tuberculose, busca ativa, principalmente entre os sintomáticos respiratórios”, pontuou a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis, Elcenira Farias.


O que é?

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (em homenagem ao médico Robert Koch, descobridor da causa da doença).


Qual a causa?

Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de microbactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis e Africanum e microti.


Quais os sintomas?

Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos ou meses. Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca e contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa, geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.


Nos casos graves, os pacientes apresentam dificuldade na respiração, eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura, membrana que reveste o pulmão. Se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.


Como se transmite?

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica também favorece o estabelecimento da doença.


Como tratar?

O tratamento é à base de antibióticos e tem duração de seis meses. É 100% eficaz, mas não pode haver abandono nem irregularidade. Muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo, por sentir melhora acentuada já nas primeiras semanas de terapia.


Para evitar o abandono do tratamento, é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados, sendo indicado o regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que o profissional de saúde acompanha e observa a correta ingestão dos medicamentos. O tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose resistente às drogas utilizadas e, portanto, mais difícil de ser tratada.


Como se prevenir?

A principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.


Ainda como medida preventiva, é necessário avaliar familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa da tuberculose.


A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pelos determinantes sociais, apresentando relação direta com a pobreza e a exclusão social. Assim, além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa e à exposição ao bacilo, o adoecimento muitas vezes está ligado às condições precárias de vida, afetando grupos populacionais em situações de maior vulnerabilidade, como:


– indígenas;


– pessoas privadas de liberdade;


– pessoas que vivem com HIV/aids;


– pessoas em situação de rua.


Fonte: Agência Acre


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