Às vésperas de completar um mês, a guerra segue escalada de tensão. Rússia e Ucrânia ainda não chegaram a um acordo para cessar-fogo. A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) discute a crise no país invadido.
Moscou disse que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sofrerá “consequências terríveis” caso envie missão de paz à zona do conflito. A Ucrânia voltou a pedir mais armas.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, foi claro no recado ao grupo militar coordenado pelos Estados Unidos. “Uma decisão imprudente e extremamente perigosa. Poderia ter consequências claras que seriam difíceis de reparar”, frisou.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (23/3), em videoconferência com repórteres de agências internacionais de notícias.
Na reunião da Assembleia Geral, o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, disse que o país russo tem “diplomacia” para discutir a questão das regiões separatistas e pôr fim ao conflito no Leste Europeu.
Com o país ameaçado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir mais armas e equipamentos de defesa ao Ocidente.
Em discurso para a Assembleia da França, Zelensky pediu ajuda ao citar crueldades russas em território ucraniano. “A Europa não via, há 80 anos, o que está acontecendo na Ucrânia”, salientou.
Um dia antes da reunião de cúpula, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que está preparando novos grupos de batalha na Europa Oriental para impedir a Rússia de atacar qualquer um dos membros da aliança militar.
Cada grupo terá 1,5 mil soldados. Essas tropas serão enviadas para Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária.
Com o recrudescimento da guerra, o presidente americano, Joe Biden, viaja à Europa. O norte-americano participará da reunião emergencial da Otan na quinta-feira. Será a primeira visita de Biden ao continente após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Fonte: Metrópoles