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Homem que matou mulher por ciúmes das roupas que ela usava pega mais de 19 anos de prisão no Acre

Antônio Uilamo foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e feminicídio. Ele foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra a enteada Sabrina Vitória de Souza, que viu a mãe Maria Ivanilde ser esfaqueada e também ficou ferida.



Antônio Uilamo Bezerra foi condenado por um júri popular nesta quarta-feira (9) — Foto: Reprodução


O autônomo Antônio Uilamo Bezerra, que esfaqueou e matou a mulher Maria Ivanilde da Silva, de 44 anos, em agosto de 2021, em Rio Branco, foi condenado a mais de 19 anos de prisão em regime inicial fechado pelo crime. Ele sentou no banco dos réus nesta quarta-feira (9) e foi julgado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar.


Ele matou a mulher por ciúmes das roupas usadas pela vítima para ir à academia. Durante audiência, Bezerra confessou que matou a mulher, mas disse que não se lembra dos fatos após a discussão que teve com ela.


Maria Ivanilde levou várias facadas no dia 17 agosto do ano passado, dentro de casa na Rua Santa Maria, no bairro João Eduardo II. Ela chegou a ser levada ao pronto-socorro de Rio Branco, mas não resistiu aos ferimentos no abdômen. A filha dela, Sabrina Vitória Silva de Souza, viu tudo e também ficou ferida na ação.


Bezerra foi julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, violência doméstica e tentativa de homicídio contra a enteada.


Por esse último crime ele foi absolvido pelo júri popular. A defesa conseguiu derrubar a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima.


A advogada do réu, Thaís Moura, explicou, após o julgamento, que a defesa não deve recorrer do resultado porque existia a intenção de derrubar essa qualificadora da acusação.


Relato da filha da vítima


Conforme o processo, Sabrina relatou em depoimento que sua mãe chegou feliz da academia e que depois ouviu uma discussão entre o casal por conta da roupa e por ela ter ido à academia. Ela viu o padrasto batendo na mãe e também acabou sendo agredida.


Depois, ela relatou que o homem foi até a cozinha e foi quando ela e a mãe tentaram sair da casa, mas o portão estava trancado. O homem se aproximou com a faca e começou a dar os golpes contra a mãe.


A jovem correu para pegar a chave e quando voltou disse que viu o padrasto cortar o próprio pescoço. Ela então jogou a chave para os vizinhos abrirem o portão. Sabrina relatou também que, mesmo com o pescoço cortado, Bezerra se levantou e quebrou os móveis da casa. Ela também ficou ferida a facadas.


Ainda no depoimento, ela, que era filha única de Maria Ivanilde, disse que essa foi a primeira vez que o acusado agrediu a mãe dela, que Bezerra era uma boa pessoa e, inclusive, o tratava como pai.



Maria Ivanilde da Silva foi morta a facadas pelo marido — Foto: Reprodução


Homem também se feriu e foi para UTI



Após o crime, de acordo com a Polícia Militar, Bezerra desferiu vários golpes de faca nele mesmo e precisou de atendimento médico. Ele chegou a ficar na UTI depois de passar por cirurgia.


Bezerra foi preso quando ainda estava no hospital, segundo informou na época o delegado Ricardo Casas, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações.


“A motivação foi uma discussão que iniciou entre o casal e evoluiu para uma briga. Na agressão física dele contra ela culminou nesse esfaqueamento e depois de esfaquear a vítima, ele tentou contra a própria vida dele, só que não foi bem sucedido”, disse o delegado na época.


Vizinhos, ao ouvir os gritos da vítima, chamaram a polícia e o Samu. De acordo com os vizinhos, o casal parecia ser calmo e eles nunca tinham ouvido uma discussão na casa. A arma do crime foi achada na calçada ao lado da casa.


Fonte: G1ACRE


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