A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Acre chegou ao quarto dia nesta quinta-feira (31) e ganhou adesão dos médicos peritos. O movimento grevista da categoria é por tempo indeterminado. Com isso, o atendimento é mantido apenas para demandas agendadas há mais de 20 dias na agência de Rio Branco. Exceto as perícias.
Os trabalhadores pedem reposição salarial que, segundo eles, está defasada. Além disso, a categoria também afirma que há déficit de profissionais e pede a realização de concurso público. A greve nacional de servidores do INSS começou na última quarta-feira (23) e, com isso, todos os atendimentos ficaram reduzidos porque a quantidade de servidores também está reduzida.
“O movimento continua por tempo indeterminado. Estamos aguardando uma reunião e a expectativa é grande de que ocorra um avanço nas pautas. Ontem [quarta, 30] os médicos peritos também entraram em greve e quando eles entram em greve a pressão é ainda maior porque um dos serviços que ainda estava acontecendo eram as perícias”, disse o técnico de seguro social José Alberto Margarido.
Com as aposentadorias de servidores, Margarido falou que os outros tiveram que assumir as funções deixadas o que fez com que aumentasse a carga de trabalho.
“O que ocorreu é que nós que estamos na ativa tivemos que assumir o trabalho daqueles que se aposentaram. Então, hoje, o servidor faz o que era para dois, três até quatro servidores. Estamos com sobrecarga de trabalho, salário defasado, o atendimento encontra-se em uma situação terrível”, acrescentou.
Prejuízos ao público
Sem saber da greve, o camelô Aristides Lima esteve com o pai, Antônio Gomes Parente, de 84 anos, na agência de Rio Branco na manhã de segunda (28) mas eles tiveram que voltar sem conseguir atendimento.
“Não vai [ser atendido] porque já têm mais de 20 pessoas cadastradas e só três pessoas atendendo porque o restante está de greve”, contou Lima.