Apaixonado pelo ciclismo e pelo Flamengo, o acreano Reginaldo Dantas, de 46 anos, saiu pedalando de Rio Branco (AC) em direção ao Rio de Janeiro (RJ) com um objetivo: conhecer o ex-jogador Zico e a sede do clube carioca. Ao todo serão 3,9 mil quilômetros em cima da bike.
Reginaldo chegou a Cuiabá na noite de terça-feira (29). Ele saiu dia 6 de março de Rio Branco (AC). Na rota, passou por Rondônia e agora em Mato Grosso. Na próxima segunda-feira segue sua viagem.
Para realizar o sonho, conta com a ajuda do ex-jogador rubro-negro Zinho, comentarista dos canais ESPN, que aguarda o flamenguista na cidade.
Além disso, ele escreveu uma carta que foi enviada ao Rio e entregue a Zico pelo também ex-jogador Mujica.
Pedalando cerca de 110 quilômetros por dia, o acreano faz suas paradas entre cidades que encontra no caminho. Segundo o torcedor, a data para chegar à Capital fluminense ainda não está definida porque ele está aproveitando os lugares que passa. “Eu estou curtindo a estrada, não tenho muita pressa de chegar, não”.
Sobre a Capital mato-grossense, Reginaldo conta que gostou muito do que viu e do que sentiu. “Achei muito bonita, movimentada. É bem quente, achava que o Rio Branco era quente, mas aqui é mais. E dizem que está fresquinho hoje”, conta.
Torcedores do Flanáticos-MT receberam Reginaldo em Cuiabá e assistiram com ele ao jogo entre Flamengo e Fluminense na noite de quarta-feira (30).
Fabrício Pedroso, 43 anos, presidente do Flanáticos, logo que soube da chegada de acreano se identificou com a história.
“É uma paixão que não tem nem explicação que o torcedor do Flamengo tem. Logo que eu fiquei sabendo que tinha alguém vindo, de realizar um sonho, na hora fiquei doido pela história”, diz o presidente.
Sonho antigo e superação
Segundo Reginaldo, o sonho de conhecer o ídolo flamenguista e o clube já é antigo, da época em que era criança. Mas o sonho foi atrasado por um grande tempo devido à época em que ficou “perdido” no consumo de álcool e de drogas.
Há sete anos, desde que ele largou o consumo de álcool e produtos ilícitos, viu sua vida mudar quando começou a pedalar.
“Foi quando a bicicleta entrou na minha vida de uma forma direta e me ajudou nos momentos mais críticos. Hoje eu uso a bicicleta como um instrumento de superação e mostrar para outras pessoas minha história de vida”, relata.
[Davi Vittorazzi – Mídia News]
Via: AcreNews