A equipe econômica do governo estuda um meio para conceder o prometido reajuste salarial aos servidores públicos do Acre sem comprometer a folha de pagamento.
Em nota, o governo afirmou que faz “um trabalho minucioso e diligente visando melhorias para os funcionários.”
A nota diz ainda que “os relatórios do terceiro quadrimestre da Gestão Fiscal (RGF), com o objetivo de assegurar os limites da execução das despesas com pessoal, foram finalizados no mês de janeiro de 2022” e que “o governador Gladson Cameli e sua equipe de planejamento, gestão e tesouro têm se empenhado para que não haja impactos negativos nos cofres públicos”.
Economista pede cautela
Em sua página no Facebook, o ex-deputado estadual Luiz Calixto, que é economista e servidor da Secretaria de Fazenda do Acre, lembrou que os cálculos sobre o percentual de reposição salarial dos servidores devem ser feitos com a maior frieza matemática possível.
“Um erro qualquer poderá ser fatal e a essa fatalidade significará o atraso em meses futuros. Não se pode esquecer que pelo critério da paridade salarial a reposição também se estende aos aposentados. Além do risco real de atraso, há também outra barreira dura de ultrapassar: o teto imposto pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Por ultrapassar o limite da LRF, a qualquer hora dessas o Estado poderá ser impedido de receber recursos federais. O erro político da equipe econômica do governo foi ter precipitado um anúncio sem saber a fundura do bolso. Se eu desse aos meus filhos tudo o que eles merecem e me pedem, eu já estaria “frito” e desmoralizado. Minha preocupação tem precedentes”, salientou. Por Luciano Tavares, Noticias da Hora