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Paulinha Abelha foi voz importante do forró eletrônico e ajudou a renovar o ritmo no Calcinha Preta

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Cantora morreu aos 43 anos após ficar em coma em Sergipe. Internação começou por complicações renais no dia 11 de fevereiro.


Paulinha Abelha foi uma das maiores vozes do forró eletrônico ao cantar no Calcinha Preta por quase 20 anos. A cantora sergipana morreu aos 43 anos nesta quarta-feira (23).


O movimento que renovou o forró com uma roupagem pop há três décadas não seria o mesmo sem o poder de hinos como “Você Não Vale Nada”, “Louca Por Ti” e “Ainda Te amo”. Outro marco foi o refrão “Pauliiinha, me diz o que eu façooo…”


A comoção causada pela versão não autorizada de “WIthout You”, de Mariah Carey, cantada pelo colega Daniel Diau, enquanto Paulinha desfilava com visual de gala e cabelo esvoaçante, mostra como ela era uma artista adorada.


Quem é Paulinha Abelha


Natural de Simão Dias, em Sergipe, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana começou a cantar ainda na infância em bandas do interior do estado. Ela fez parte dos grupos Flor de Mel e Panela de Barro.


Quem é Paulinha Abelha, vocalista da Calcinha Preta


O destaque nacional passou a acontecer quando ela entrou para a Calcinha em 1998 e se tornou umas das principais vozes do grupo.


A história na banda teve idas e vindas, mas começou no final dos anos 90, quando o empresário Gilton Andrade a descobriu.


Paulinha Abelha se apresenta com a Banda Calcinha Preta


Ela teve três passagens pela Calcinha Preta. Entrou em 1998 e ficou por 12 anos, período de maior sucesso do grupo, quando gravou os hits “Você Não Vale Nada”, “Louca Por Ti”, “Ainda Te amo” , “Baby Doll” e “Liga Para Mim”.


Paulinha saiu para tentar projetos com outros integrantes da Calcinha em 2010, mas não teve grande destaque na cena do forró. Ela voltou em 2014, mas ficou só dois anos.


Desde 2018, ela estava à frente da banda com Silvânia Aquino, Bell Oliver e Daniel Diau.


Paulinha participou do Podcast g1 ouviu para falar sobre os 30 anos do forró eletrônico; ouça abaixo


A Calcinha Preta gravou um DVD de 25 anos em fevereiro de 2020 e retornava à rotina de shows após meses sem apresentações por conta da pandemia.


Até a internação de Paulinha no dia 11, o último compromisso do grupo foi a gravação do podcast Podpah, em São Paulo, no dia 8 de fevereiro.


Carta de fã virou música


No meio de tantos sucessos, “Paulinha” é uma das músicas que mais marcam a cantora sergipana.


“Paulinha, me diz o que é que eu faço? Paulinha, por que se casou?”, são versos cantados por Daniel Diau.


A letra é uma carta de um fã logo após a cantora se casar. Ela contou a história no podcast g1 ouviu sobre forró eletrônico. Ouça acima.


“Essa música é de 2007, eu era recém-casada. O fã mandou uma carta e o empresário teve essa ideia de fazer uma versão. Na verdade, é paródia, mas a gente chama de versão”, contou Paulinha.


A música é uma versão de “Without You”, da Mariah Carey, seguindo uma tendência forte no forró da época de criar versões brasileiras para hits internacionais.


Além dessa, a Calcinha Preta fez “Como fui me apaixonar”, a partir de “Halo”, da Beyoncé, e “Louca por Ti”, de “Dust in the Wind”, do Kansas.


PASSO A PASSO DA INTERNAÇÃO


• 11 de fevereiro – a cantora Paulinha Abelha foi hospitalizada em Aracaju depois de chegar de uma turnê com a banda Calcinha Preta em São Paulo. A internação foi para tratar de problemas renais, mas a causa não foi divulgada;


• 14 de fevereiro – o quadro da cantora se agravou e ela foi transferida para a UTI, e passou a fazer diálise;


• 17 de fevereiro – O boletim médico desse dia informou que Paulinha estava em coma, e por causa da instabilidade neurológica, não tinha condições clínicas suficientes para a transferência. No fim da noite a situação mudou e ela foi transferida para o Hospital Primavera, na Zona Sul de Aracaju, para fazer novos exames renais;


• 18 de fevereiro – o boletim médico informou que a artista permanecia em coma, clinicamente estável, com quadro de infecção controlado e respirando com o suporte de aparelho. A assessoria da cantora disse ainda que estava descartada a possibilidade de morte cerebral, e que naquela tarde ela passaria por mais uma sessão de hemodiálise. Segundo a assessoria, Paulinha estava sendo submetida a um novo tratamento, que só deveria apresentar resposta em 72 horas. Com relação à transferência para hospital de outro estado, a assessoria informou que não havia previsão de quando poderia acontecer;


• 19 de fevereiro – No fim da manhã do sábado, novo boletim informava que após a investigação com exames complementares, foi afastada a possibilidade da cantora estar com “doenças infecciosas de interesse epidemiológico para a comunidade”. O documento não trouxe mais detalhes sobre quais doenças seriam essas. À noite, os médicos informaram que ela estava intubada e em coma persistente;


• 20 de fevereiro – Segundo o boletim médico do domingo, a cantora apresentou quadro neurológico grave e permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela também seguia em coma e intubada;


• 21 de fevereiro – na segunda-feira, a artista seguia com quadro neurológico grave inalterado, sem sinais de instabilidade hemodinâmica, respirando com a ajuda de aparelhos e necessitando de diálise.


Fonte: G1


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