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Não vacinados possuem dobro de chances de ter Covid longa, diz estudo

Análise da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido mostra que vacinação tem efeitos ainda mais eficazes contra Covid longa para idosos.


Pessoas não vacinadas contra o coronavírus possuem o dobro de chances de ter Covid longa, aponta uma análise da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido. Além disso, segundo a pesquisa, a eficácia do imunizante contra sintomas contínuos da doença foi maior em indivíduos com 60 anos ou mais.


O levantamento, publicado nesta terça-feira (15/2), revisou 15 estudos internacionais que foram realizados até janeiro de 2022 para entender os efeitos da vacinação contra sintomas prolongados de Covid-19. Os cientistas compararam as diferenças entre indivíduos não vacinados e aqueles que receberam uma ou duas doses das fórmulas da Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen.


A publicação concluiu que as pessoas que receberam duas doses eram menos propensas a desenvolver sintomas prolongados e, se apresentam os sinais, eles duram menos. Indivíduos com uma dose do imunizante também relataram que a duração dos sintomas longos de Covid foi menor do que para aqueles que não foram vacinados.


Covid longa e os sintomas



Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada Freepik



Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo Pixabay



Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais iStock



Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar Getty Images



A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírusFreepik



Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabeloMetrópoles



Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma “segunda onda” dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo Getty Images



Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a diaGetty Images


Mary Ramsay, chefe de imunização da agência, disse que “a vacinação é a melhor maneira de se proteger de sintomas graves quando você é infectado e também pode ajudar a reduzir o impacto a longo prazo”.


Dados da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido estimam que 2% da população do país teve sintomas de Covid longa, que podem durar mais de quatro semanas após a infecção inicial. Os três sinais mais comuns são fadiga, falta de ar e dores musculares.


“Para a maioria das pessoas, os sintomas da Covid longa são de curta duração e desaparecem com o tempo. Mas para alguns, eles podem ser mais graves e atrapalhar a vida diária”, comenta Ramsay.


Um dos estudos analisados acompanhou especificamente indivíduos que se vacinaram após terem sido infectados pelo coronavírus. O documento indica que a probabilidade de ter sintomas pós-Covid é menor quanto mais cedo é a vacinação.


Outros três levantamentos já compararam sintomas contínuos naqueles que foram vacinados ou não tomaram o imunizante. Eles sugeriram que os vacinados eram menos propensos a relatar Covid longa. Todas publicações analisadas foram observacionais, portanto, os resultados não estabelecem relações diretas de causa e efeito e as conclusões podem ser geradas por outras diferenças além da vacinação.


Fonte: Metrópoles


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