O preço da ação do maior banco russo, Sverbank, negociada na Bolsa de Londres caiu mais de 73%. A instituição financeira é o maior alvo de sanções do “Ocidente”. Sua subsidiária austríaca, o Sverbank Europe, “está falindo ou deve falir” por causa de saques em massa, segundo comunicado do Banco Central Europeu. A Bolsa de Moscou foi fechada para a maior parte de seus negócios e não deve abrir nesta terça-feira (1°).
Segundo a Folha de São Paulo, empresas e investidores passaram a ser obrigados a vender moeda “forte” (dólares, euros etc.) ou foram impedidos de vender ativos para sair do país. A partir desta terça-feira, russos não podem mais fazer remessas ou empréstimos para o exterior, decidiu também Vladimir Putin, que chamou essas medidas defensivas amargas de “contra-sanções”. No conjunto, trata-se de controle de fluxo de capitais, como se diz no jargão: providências típicas de países em crise externa violenta, quase asfixia.
“A situação da economia russa mudou dramaticamente” por causa das “sanções impostas por estados estrangeiros”, disse a presidente do BCR, Elvira Nabiullina a jornalistas. É “totalmente anormal”. Em estudo detalhado sobre os efeitos das sanções, o Institute of International Finance acredita que as retaliações vão provocar uma queda do PIB russo neste ano, entre outras previsões sombrias.