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Unidades referências de Rio Branco contabilizam mais de 900 testes positivos para Covid em dois dias

Uraps Claúdia Vitorino e Maria Barroso são referências para atendimentos de gripe, das 7h às 22h, na capital. Dados são referentes a atendimentos de sábado (15) e domingo (16), quando foram feitos mais de 2,3 mil testes nas unidades.
Unidades ficaram lotadas no fim de semana em Rio Branco.
A capital Rio Branco tem duas unidades referências para atender casos de pacientes com sintomas gripais, que são elas: Cláudio Vitorino e Maria Barroso. As duas atendem das 7h às 22h e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), foram confirmados 908 casos positivo para Covid-19 somente no fim de semana.
Segundo os dados, as duas unidades, no sábado (17), fizeram 1.622 testes e, deste total, 569 foram positivos. Já no domingo (18), foram 471 pacientes testados e 339 estavam com a doença. Ao todo, foram 2.093 testes somente neste dois dias.
O boletim diário da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) aponta que Rio Branco, até domingo (16), tinha 39.558 casos confirmados na doença.
No último dia 13, a secretária de Saúde de Rio Branco, Sheila Andrade Vieira, anunciou novas medidas com relação ao combate e prevenção de Covid-19 no município. A gestora alertou que a capital acreana está com aumento dos casos e enfrenta a terceira onda de Covid-19, além de um surto de gripe.
A equipe de saúde se reuniu com o promotor Gláucio Ney Shiroma Oshiro para debater novas medidas e foi decidido:
• Restringir testes de Covid somente para sintomáticos ;
• Convocar cerca de 18 médicos que seguem em greve;
• Suspender férias, licença-prêmio e folgas de todos os servidores da Saúde;
• Tornar a Unidade Cláudia Vitorino como o segundo ponto de referência para atendimentos de gripe, das 7h às 22h;
• Intensificar os atendimentos pelo Telessaúde (O atendimento pode ser feito via telefone, ligando para o (68) 3216-2400, de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e aos finais de semana e feriados, das 8h às 17h, ou por chat nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) nesses mesmos horários.


Unidades de saúde lotam no fim de semana com pacientes com sintomas de gripe
A secretária informou que as decisões foram tomadas em caráter de emergência porque, segundo ela, a capital vem passando por um alto número de casos não só de Covid, mas também de gripe.
Na segunda (10), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, decretou situação de emergência na capital devido ao aumento de casos de gripe e também Covid-19, mesmo sem ter dados exatos sobre esse aumento. O decreto foi publicado na terça (11) no Diário Oficial do estado.
A secretária destacou ainda que, sob a orientação do promotor e também da procuradoria do município, está documentando tudo para convocar os médicos da rede municipal que estão de greve.
“Vamos convocar, em caráter emergencial e obrigatório, a suspensão de todas as férias e licença- prêmio dos profissionais de saúde. Paralelo a isso, vamos convocar todos os médicos que estão em greve, porque precisamos de todo o nosso contingente. Voltamos à guerra que é essa terceira onda de Covid que está acontecendo no nosso município.”
Questionada se a restrição dos testes não deve gerar subnotificação, a secretária diz que o momento agora é de controle, mas que qualquer cidadão que tenha sintomas vai passar pela testagem. Ela diz ainda que o município já comprou mais testes e depois deve ser liberado novamente para a população geral.
“O que não podemos fazer nesse momento é testar a população geral e isso não é por um período longo, estamos tomando medidas para aquisição de novos testes, assim que nossos testes chegarem abrimos para a população geral novamente.”
‘Não queremos carnaval’
Sobre os eventos públicos, Sheila disse que a posição do município é que não haja qualquer aglomeração. Ela também foi questionada se a queima de fogos, que reuniu milhares de pessoas no fim do ano realizada pela prefeitura não acabou contribuindo para a explosão de casos de gripe e Covid na capital.
“Nós não queremos carnaval. Essa onda está muito dentro da atenção básica, não está levando as pessoas para internações e a gente detectou isso com os dados, informações do estado, mas temos que ter o alerta. Não podemos promover essas festas e se é devido às festas de final de ano ou pessoas que viajaram e voltaram de férias não temos como afirmar com 100% de certeza”.
Ela finalizou dizendo que é necessário que as pessoas sigam as orientações de saúde como:
• Manter distanciamento social
• Uso de máscaras e álcool em gel
• Lavagem das mãos com frequência
Essas medidas evitam contaminação de Covid, como também de gripe.
Indicações para o uso do teste:
1. Triagem de pacientes sintomáticos na atenção básica, porta de entrada da rede assistencial do SUS;
2. Profissionais de saúde sintomáticos;
3. Testagem em assintomáticos somente será feito por recomendação da Vigilância Epidemiológica como estratégia de controle local de disseminação da infecção em locais específico como forma controle da cadeia de transmissão em grupos ou comunidades vulneráveis.

Into voltou a ter longas filas em Rio Branco com terceira onda da Covid — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre
Dados comprometidos
A divulgação dos dados de Covid-19 ficaram comprometidas no estado desde dezembro. O número divulgado nos boletins diários da Sesacre não remetiam à realidade dos casos confirmados no estado. Isso só normalizou na terça-feira (11), quando os números que estavam represados foram divulgados, causando um boom nos números.
Porém, o painel de transparência que indica o índice vacinal em todo o estado segue fora do ar desde o dia 9 de dezembro do ano passado.
Situação de emergência
No final do ano passado, a prefeitura confirmou que Rio Branco já enfrenta situação de epidemia do vírus Influenza A. Na época, foi informado que 72 amostras de casos positivos de Influenza A foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, para identificar qual tipagem do vírus.
O governador do Acre, Gladson Cameli, declarou situação de emergência por conta da superlotação das unidades estaduais de saúde causada pelo surto de síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) de segunda-feira (10).
Conforme o documento, dados das unidades estaduais de saúde apontam que cerca de 13 mil pessoas foram atendidas com suspeita de síndrome gripal, no período de 1º a 31 de dezembro de 2021.
Além disso, foi registrada superlotação por internações de casos de síndrome gripal nas unidades do interior e da capital, com aumento na taxa de internação de até 120%. O governo não informou quantas pessoas foram internadas com os sintomas fortes de gripe nas unidades.


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