Segundo o Imperial College de Londres, a taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil subiu para 1,78 — a mais alta desde pelo menos julho de 2020. Na semana passada, o índice estava em 1,35.
Até a semana passada, o cálculo da taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil não era feito desde meados de dezembro do ano passado devido ao apagão de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde.
Uma taxa de 1,78 significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem o novo coronavírus para outras 178. O Imperial College adota uma margem de erro para a estatística. Ou seja, o índice pode ser maior (até 1,94) ou menor (de 1,61).
Sempre que o Rt (ritmo de contágio) é maior do que 1, quer dizer que a doença está em fase de propagação. Já quando o número é inferior a 1, significa um recuo na transmissão. Dessa forma, atualmente, a taxa de transmissão da Covid-19 está em um dos pontos mais altos desde o começo da pandemia.
Ontem (24), o Brasil contabilizou 90.569 novos casos de Covid-19, elevando o total de infecções para 24.134.946 desde o começo da pandemia. A média móvel de 7 dias foi de 150.236 diagnósticos diários, o que representa um aumento de 241% em relação ao índice registrado há 14 dias.
Assim como taxa de transmissão, mortes por Covid-19 estão em alta no Brasil
Com base na taxa calculada pelo Imperial College, o Brasil deve registrar cerca de 3.420 mortes por Covid-19 na semana que vai de 24 a 31 de janeiro, o que representa um salto em relação à semana passada, quando o país contabilizou 2.046 óbitos pela doença, de acordo com o levantamento do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias estaduais de Saúde.
Na segunda-feira (24), foram registradas 267 mortes por Covid-19 no Brasil, totalizando 623.417 óbitos desde março de 2020. A média móvel de mortes diárias nos últimos 7 dias é de 307 — a maior desde 31 de outubro de 2021. Em comparação aos números de duas semanas atrás, o salto foi de 152%.