O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi convocado a comparecer na Comissão Representativa do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. O requerimento foi assinado pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE) nesta quinta-feira (6/1).
“Restam dúvidas sobre as estratégias e as políticas traçadas pelo Governo Federal sobre a suficiência do quantitativo de vacinas adquiridas pelo Brasil para aplicação em 2022, assim como o respectivo cronograma de distribuição e aplicação de doses nas crianças, na população adulta não vacinada e naquela em que será necessária a aplicação de doses de reforço”, afirmou o senador.
O texto ainda pede que Queiroga justifique a quantidade de doses adquiridas pelo Brasil para o ano de 2022; o cronograma de distribuição de vacinas e de vacinação para o ano corrente; as medidas sanitárias para conter o avanço da variante ômicron e da coinfecção por coronavírus e influenza no país; o apagão dos dados de infecções; internações e mortes por covid-19; as políticas de testagem da população; hackeamento e integridade dos sistemas de informação do Ministério da Saúde em especial o ConecteSUS; bem como outros temas correlatos à pandemia.
“Diante de toda essa conjuntura, entende-se necessário e urgente o comparecimento do Senhor Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes, Ministro de Estado da Saúde, à Comissão Representativa do Congresso Nacional, a fim de prestar esclarecimentos aos Parlamentares e à sociedade brasileira sobre os fatos acima mencionados e os demais relacionados à pandemia de Covid-19”, finaliza o documento.
O ministro da Saúde foi um dos membros do governo que manifestaram resistência contra a inclusão do público infantil na vacinação contra o novo coronavírus. Desde 16 de dezembro, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, o tema tem gerado embates.
Mais cedo, um grupo de médicos ex-presidentes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP) solicitou ao Conselho Federal de Medicina (CFM) a abertura de um processo ético-profissional contra o ministro da Saúde. Os médicos também criticam a postura de Queiroga perante a imunização do grupo infantil e avaliam que ele atua em benefício dos interesses do presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: Correio Braziliense