Dois profissionais da Saúde do Acre prestam apoio durante o momento delicado em que passa a população de 166 municípios da Bahia, que corresponde 39,8% do estado. As localidades foram atingidas por fortes chuvas, ocasionando enchentes e deixando milhares desabrigados e desalojados, além de 26 vítimas fatais.
Em momentos de aflição e calamidade pública, o jargão “a união faz a força” torna-se prática, garantindo que o mínimo de vidas sejam perdidas, além de assegurar a saúde dos atingidos. Por isso, o Ministério da Saúde enviou profissionais em uma força tarefa para auxiliar o estado.
Integrante da Força Nacional do SUS, o médico acreano Pedro Pascoal viajou no dia 29 de dezembro para prestar assistência em Ilhéus. Foto: Cedida
Integrante da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), o médico acreano Pedro Pascoal viajou no dia 29 de dezembro para prestar assistência em Ilhéus. O profissional é especialista em urgência e emergência e transporte aeromédico e é coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Estamos exercendo ações de orientações, buscativas de pacientes, principalmente aqueles que têm alguma restrição de locomoção, idosos acamados, pacientes que possuem dificuldades em procurar atendimento fora da regional”, relatou Pedro Pascoal, que estava em missão no município de Dário Meira.
Pascoal também conta que, caso seja necessário, a equipe possui suporte para realizar transporte aeromédico: “É uma região bem afetada pelas enchentes, muitas pessoas em abrigos. Minha equipe está focando nessas buscativas e, caso precise, temos como dar suporte aeromédico”.
Integrantes da Força Nacional do SUS em missão na Bahia. Foto: Cedida
Além disso, a equipe da Força Nacional identificou um único posto ativo, cujo local foi utilizado para montar uma estrutura de pronto atendimento para a assistência à saúde da população atingida. Também, de acordo com Pascoal, foi realizado o diagnóstico situacional da rede assistencial de todo o estado, principalmente dos municípios atingidos.
“Nós trabalhamos com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e, dependendo da necessidade e característica do desastre e da assistência local, nós recrutamos esses voluntários”, explicou o coordenador da Força Nacional do SUS, coronel Moura Filho.
Todos os cenários calamitosos, cenários de guerra, contam com uma sala de estratégias. Na ponta, no embate direto, está Pedro Pascoal, e na Sala de Situação, em Brasília, está a especialista em Vigilância em Saúde pelo Instituto Sírio-Libanês e especialista em Vigilância em Saúde Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Débora dos Santos.
Débora dos Santos é especialista em Vigilância em Saúde pelo Instituto Sírio-Libanês e especialista em Vigilância em Saúde Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foto: Cedida
Débora dos Santos irá atuar diretamente na atualização do Plano de Ação de 15 dias e na construção do Plano de Recuperação Pós enchente, explica o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Sesacre, Gabriel Mesquita.
“Considero muito importante a ida da profissional, é uma forma de reconhecimento de que a nossa Vigilância em Saúde tem profissionais qualificados para ações desenvolvidas em nível ministerial”, destacou Gabriel Mesquita.
A experiência prática garante mais aptidão aos profissionais que retornam para o Acre, com uma bagagem a mais de conhecimento e com capacidade para atuar em situações de desastres dentro do próprio estado.
“O fato da nossa servidora compor a equipe multiprofissional do Ministério da Saúde é um ganho tanto para as ações desenvolvidas nos municípios afetados, quanto para a gente, pois ela trará na bagagem uma experiência que podemos utilizar aqui em caso de desastres da mesma natureza”, finalizou o chefe do DVS da Sesacre, Gabriel Mesquita.
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