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Nos seis primeiros dias de 2022, quase 500 pacientes com sintomas de gripe foram atendidos no hospital de Mâncio Lima

Foto: Reprodução

A direção do Hospital Dr. Abel Pinheiro divulgou uma tabela com o número de atendimentos médicos realizados nos seis primeiros dias do ano. O número de pessoas com sintomas gripais preocupa a unidade hospitalar. Desde o dia primeiro de Janeiro foram atendidos 599 pacientes, e desses 470 apresentam sintomas gripais.
A unidade hospitalar, que conta com apenas um médico plantonista orienta que as pessoas que não estiverem com sintomas graves devem procurar as unidades básicas de saúde do município.
Devido ao surto gripal, muitos profissionais do hospital Abel Pinheiro, que foram acometidos pela gripe tiveram que se afastar, sobrecarregando os demais profissionais. Por isso é importante que aqueles pacientes com sintomas leves procurem as unidades básicas de saúde.
Esses sintomas incluem febre, dor de cabeça, calafrios, dores no corpo e podem durar entre 5 e 7 dias. Já a fadiga, a tosse e a fraqueza podem durar até 14 dias.
Em indivíduos saudáveis, a gripe geralmente se manifesta de forma autolimitada. Nesses casos, é comum que os sintomas mais frequentemente associados à infecção não apareçam. No entanto, complicações mais graves, como pneumonia e óbito, podem acontecer em grupos de risco, como pessoas imunocomprometidas, idosos, crianças e mulheres grávidas1.
O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A (H3N2), batizada de Darwin.
Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.
O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadiga.
O vírus H3N2 é uma variante do vírus Influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.
Os sintomas são febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômito, dores articulares, tosse, mal-estar e diarreia, principalmente em crianças.
Pelo fato de o influenza ser um vírus respiratório, assim como o que causa a Covid-19, a prevenção contra ele ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.
O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação.
Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.
A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.
Recomendação:
Pessoas que apresentarem sintomas gripais deverão procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.
Mesmo com letalidade menor que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades). A propagação do vírus pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e com a flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19.
O Brasil possui vacinas que protegem contra o vírus Influenza A e B, no entanto, elas não são específicas para a variante H3N2, que está atingindo o país. De acordo com o Instituto Butantan, maior produtor de vacinas para a gripe do Hemisfério Sul, a previsão é de que a vacina para H3N2 chegue ao Brasil a partir de março de 2022.


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