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NEGLIGÊNCIA OU INCOMPETÊNCIA? Criança desenganada por médicos no Acre recebe tratamento no sul do Brasil

Foto: Arquivo Pessoal
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O relato a seguir conta a breve história do menino Thiago, que diagnosticado com câncer, ainda nos primeiros anos de vida, foi desenganado pelos médicos no Estado do Acre.
O caso dessa família não é diferente de outras que buscam atendimento fora do Acre para garantir um tratamento adequado e possivelmente a cura. Alguns não tem meios de buscar tratamento fora, outros o TFD não dá suporte, principalmente em casos desenganados por profissionais e o que resta é esperar pelo fim agarrado a fé.
Não aceitando ouvir de profissionais de saúde do Acre, que nada mais podia ser feito pela vida do filho, os pais do pequeno Thiago José Rodrigues Costa, hoje com sete anos, decidiram lutar pela vida da criança em outro Estado.
Diagnosticado com um tumor de tronco cerebral, em outubro de 2017, Thiago tem lutado como um verdadeiro guerreiro para sobreviver. Após vários tratamentos, a família foi informada que tudo que os médicos podiam fazer, já tinha sido esgotado. Quando ele passava mal iam para o Pronto Socorro e passava horas a espera de um médico neurologista para ser atendido, e como “não se podia fazer mais nada”, passavam medicação para dor e mandavam de volta pra casa.


O pai do pequeno, Thiago Costa, conta que tomou a decisão de buscar outro Estado para atender a criança quando chegou em casa e ele estava desmaiado. “Olhei pela janela e vi ele desmaiado no chão, aquilo nos machucou muito. Então minha esposa disse que tínhamos que fazer algo, pois a gente ia perder ele. Pesquisamos qual o melhor hospital pediátrico de câncer e deu em Curitiba”, relembra.
Sabendo onde seria o melhor local para tratar o filho, os pais venderam os utensílios de dentro de casa e um carro, compraram as passagens da mãe e a criança e logo embarcaram para outra cidade em busca de um tratamento adequado.

Após quinze dias, o restante da família também embarcou para Curitiba. De acordo com o pai, tudo foi por conta, pois o Tratamento Fora Domicílio não atenderia a solicitação já que os médicos já tinham “feito de tudo”.
Atualmente, a família mora de aluguel e o pai trabalha como motorista de aplicativo e o Thiago tem tido um tratamento adequado.
A mãe Taciane Rodrigues conta que a gestação do pequeno foi tranquila e planejada. Ao nascer, todos os exames realizados não apresentaram nenhum tipo de alteração e que o diagnóstico de câncer, aos quase três anos de idade, foi uma surpresa.

“Eu não tenho nem palavras pra dizer como que isso aconteceu, mas Deus sabe de todas as coisas e nós não sabemos de nada. O motivo de termos saído do Acre foi porque aí diziam que não tinha mais o que fazer por ele. Meu filho convulsionava e passava mal constantemente. Quando pesquisamos e vimos que o Hospital Oncopediatrico Erastinho era referência, entramos em contato com eles, que nos pediram para trazermos somente o relatório médico, que a médica aqui logo vez para podermos levar. Ao chegarmos aqui, fomos super bem recebidos, fizeram novos exames e o que foi dito que não podia ser feito no Acre, eles estão fazendo aqui”, conta a mãe.
A mãe hoje se questiona por não ter procurado tratamento fora antes, mas sabe que para tudo Deus tem um propósito. “Eu saí daí meu filho convulsionando, quando chegamos aqui entraram com duas medicações e meu filho não tem mais convulsões. Eu sentia que meu filho estava morrendo aos poucos e eles não faziam mais nada pela vida dele. Ao chegar aqui vi uma importância enorme pela vida do meu filho. No Acre, vemos o descaso no atendimento”, relata.
O tumor diagnosticado no Thiago não pode ser cirurgiado, mas a família diz que lá se sente mais confiante e esperançosa no tratamento do garoto “O médico conversou com a gente e disse que está surgindo uma nova medicação e que, dependendo, irá colocar ele na lista de espera. Ele terá que fazer dois anos de quimioterapia, está com medicações e fazendo uma nova radioterapia e é Deus no controle sempre”, finaliza a mãe que diz ter perdido as esperanças de um tratamento no Acre, mas que recuperou as esperanças em Curitiba.


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