Em cinco dias, mais de 3,4 mil pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 no mutirão em frente ao Palácio Rio Branco. A ação começou na segunda-feira (24) e terminou nessa sexta (28) com equipes da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) atendendo a população.
Neste sábado (29), o Programa Nacional de Imunização do Estado (PNI) no Acre divulgou quantas doses foram aplicadas:
- segunda (24) – aplicadas 585 doses;
- terça (25) – aplicadas 804 doses;
- quarta (26) – aplicadas 716 doses;
- quinta (27) – aplicadas 603 doses;
- sexta (28) – aplicadas 722 doses.
A expectativa da Sesacre, inicialmente, era imunizar ao menos mil pessoas durante os cinco dias de mutirão. A coordenadora do PNI no Acre, Renata Quiles, destacou que a ação foi um sucesso e a população atendeu ao chamado para imunização.
A ação comprovou que é preciso melhorar o acesso da população à vacinação, diz Renata. Segundo ela, as pessoas relataram que não conseguiam se vacinar após o expediente porque as unidades de saúde estavam fechadas.
“Ouvimos relatos da população que foi vacinar de que a possibilidade de se vacinar após o expediente facilitou muito, já que as pessoas estão no trabalho e quando saem as unidades de saúde estão fechadas. Sabemos que essa é sim a realidade do nosso estado, então, tivemos aí 3.430 pessoas que procuraram o serviço para ser vacinar e a gente consideramos um sucesso. Nossa expectativa era de vacinar mil pessoas e triplicamos essa meta e foi excelente”, complementou.
Foram disponibilizadas vacinas dos laboratórios:
- Fiocruz/Astrazeneca: para pessoas com 18 anos ou mais para 1° e 2° dose
- Butantan/Coronavac: para pessoas com 18 anos ou mais para 1° e 2° dose
- Pfizer: para pessoas acima de 12 anos para 1° e 2° dose e para dose de reforço
População procura mutirão em frente do palácio para se vacinar no último dia
Terceira onda
O Acre registra, nos 26 dias de janeiro, 8.148 casos novos da doença, conforme dados do boletim diário divulgado pela Sesacre, um salto significativo comparado a dezembro do ano passado que fechou com 171 casos novos.
No sábado (22), o estado chegou à marca de 1.529 casos novos em 24 horas e registrou um novo recorde. A explicação para o aumento é a chegada da variante Ômicron no estado.
Em todo o estado há 62 pessoas internadas, sendo 59 com teste positivo. A taxa de ocupação da UTI nas unidades de saúde é de 34%. Dos 20 leitos existentes, dez estão ocupados. São 10 leitos de UTI em Rio Branco e 10 em Cruzeiro do Sul.
Com o aumento no número de casos, as unidades de saúde voltaram a ficar lotadas em Rio Branco. A busca por testes em farmácias também aumentou.
Atendimento foi feito das 16h às 20h em frente ao Palácio Rio Branco, no Centro da capital — Foto: Arquivo/Programa Nacinal de Imunização no Acre
Em cinco dias de drive-thru montado no Estádio Arena da Floresta, no Segundo Distrito de Rio Branco, a Secretaria Municipal de Saúde fez mais de 5 mil testes, sendo que 2.652 tiveram resultado positivo para a Covid-19.
Os médicos que atendem na rede básica de saúde de Rio Branco suspenderam de forma temporária a greve da categoria que já durava mais de um mês. A decisão ocorre devido a terceira onda de Covid que atinge o estado acreano com elevação de casos da doença.
Vacinação no Acre
De acordo com informações do painel de vacinação do governo do Acre, atualizado nessa quarta-feira (26), foram aplicadas em todo estado 1.102.601 doses de vacina desde o início da vacinação, em janeiro do ano passado.
Ao todo, 577.743 pessoas acima de 12 anos de idade tomaram ao menos a primeira dose da vacina no Acre. Já 449.586 pessoas tomaram a segunda dose e 12.197 a dose única e, assim, estão totalmente imunizadas. Ainda segundo os dados do painel do governo do estado.
Já com relação à dose de reforço, que é destinada às pessoas com idade acima de 18 anos, os dados apontam que 54.864 receberam a vacina.
Apesar da atualização, os dados ainda não batem com os divulgados pelo Ministério da Saúde no ‘Vacinômetro SUS’. Segundo o PNI no Acre o número de doses aplicadas que consta no portal estadual sempre vai ter um atraso, uma vez que o Ministério da Saúde recebe a informação atualizada pelos municípios primeiro.