Uma mulher de 21 anos e dois filhos dela, de 1 e 2 anos, foram resgatados pela Polícia Militar, nesta segunda-feira (24), após ficaram por mantidos em cárcere privado por três anos pelo marido da mulher e pai das crianças, de 19 anos, em Novo Cruzeiro, no Vale do Mucuri, Minas Gerais.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher contou que era frequentemente agredida pelo companheiro e que ele não comprava fraldas para os filhos. Os militares perceberam que as crianças estavam vivendo em condições precárias na casa da família. O suspeito foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil.
No boletim de ocorrência consta que a mulher contou que era constantemente sufocada, agredida com socos e empurrões. Além de ser ameaçada com arma de fogo em várias ocasiões. Além disso, ela era impedida de sair de casa. A mulher só podia ir até a casa da sogra que ficava há cerca de 20 metros da casa dela.
A vítima contou que o suspeito ficava o dia todo no bar, mas ela era vigiada por familiares dele que moravam no entorno da casa da família. Se ela tentasse sair, os familiares contavam para o homem que agredia a companheira. Ela também era impedida de trabalhar e de tentar qualquer ajuda financeira.
Foi esse distanciamento que motivou a mãe da vítima a acionar a Polícia Militar. Ela estava estranhando que a filha não a visitava há muito tempo e evitava que a mãe fosse à casa dela. Ela também já tinha visto hematomas na mulher em outra ocasião.
Os militares relataram no boletim de ocorrência que a vítima estava com muito medo de denunciar, mas ela tinha marcas de violência pelo corpo. Após muita conversa, ela admitiu que há muito tempo queria sair de casa, mas não conseguia.
A mulher foi resgatada pela Patrulha de Violência Doméstica e levada a um local em segurança. O registro foi repassado à Polícia Civil para investigações.
A Polícia Civil informou que “ratificou a prisão em flagrante do homem, de 19 anos, na última sexta-feira (21/1), em Novo Cruzeiro. O suspeito foi ouvido e, após os trabalhos de polícia judiciária, seguiu para o sistema prisional. Ele poderá responder pelo crime de sequestro e cárcere privado
Fonte: O Tempo