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Mãe abandona filha recém-nascida com mensagem: “Não quero que ela viva o inferno que vivo”

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“O padre Omar Sánchez encontrou a bebê na porta da Asociación de las Bienaventuranzas, e decidiu batizá-la com o nome de Maria Madalena, em homenagem à santa.”
O nascimento de uma criança é, na maioria das vezes, um momento muito aguardado pela maioria das famílias. Mas nem sempre a gravidez acontece em momento apropriado ou em condições ideais, fazendo com que, em grande parte dos casos, as mulheres tenham de lidar com a criação e o sustento dos filhos sozinhas.
A interrupção de uma gravidez é uma questão que acompanha todas as pessoas com útero em idade fértil no mundo inteiro, já que os métodos contraceptivos não são 100% eficazes e, em grande parte das sociedades, a educação sexual não é fornecida aos jovens e adultos. O resultado positivo em um teste de gravidez pode ser um momento de profundo desespero para jovens e adultos que não planejaram a chegada de um filho, por isso a importância de um acompanhamento em casa e nas escolas, para que todos saibam quais são os riscos e consequências.
No distrito de Villa María del Triunfo, em Lima, no Peru, a Asociación de las Bienaventuranzas atua como um espaço de acolhimento de indivíduos vulneráveis da comunidade, entre eles os bebês não planejados. Mesmo com tantas críticas às mulheres e pessoas com útero que engravidam, o local busca não se envolver em nível educacional com a população, mas apenas demonstrando ser uma opção, caso seja necessário.
No Peru, de acordo com o estudo A legislação sobre o Aborto nos Países da América Latina: uma Revisão Narrativa, publicado em 2018, a interrupção gestacional é caracterizada como um ato ilegal, permitida apenas quando, comprovadamente, a mulher corre risco de morte ou se pode evitar que ela sofra uma enfermidade muito grave e permanente.
Ocupando o segundo lugar no ranking latino-americano de países com maior índice de mortalidade materna em função dos abortos clandestinos, a questão é considerada um grave problema de saúde pública. Em setembro de 2020, mulheres convocadas por grupos feministas organizaram uma manifestação em Lima, capital do Peru, pedindo que o governo legalize o aborto no país. Estima-se que cerca de 370 mil abortos clandestinos sejam realizados no país anualmente.
O padre Omar Sánchez, que atua ativamente na associação civil sem fins lucrativos, compartilhou uma publicação no perfil da instituição, mostrando fotos de uma bebê deixada na frente do local. Como era 22 de julho, dia de Santa Maria Madalena, decidiu-se que ela deveria carregar esse nome.

Explicando que ninguém da instituição julga o comportamento dos indivíduos, o padre pediu à população em geral para também não fazer isso, pedindo que todos rezassem pela mãe e pela Asociación de las Bienaventuranzas, para que nunca faltasse a “providência”. Lembrando que toda ajuda é bem-vinda e espera que nunca falte nada no local, para que possam manter seu trabalho, o clérigo encerrou a postagem.
A criança foi deixada em um moisés forrado por uma manta azul, com um personagem infantil e uma cobertura da mesma cor. Ela estava aparentemente saudável, vestida com um macacão rosa. Com ela também havia leite em pó, roupas, fraldas e lenços.

A mãe ainda deixou um bilhete de próprio punho, pedindo desculpas à menina, mas justificando que nunca poderia deixá-la viver “o inferno” que ela vive, e finalizou dizendo que esperava que um dia Deus a perdoasse. O padre afirmou que se emocionou quando leu o bilhete e que sabe que a mulher estava passando por um momento delicado, tomando apenas uma atitude para que a menina não precisasse sofrer.
Nos comentários, muitos seguidores defenderam a mãe, explicando que, em algumas situações, as mães se veem obrigadas a fazer o que é melhor para seus filhos e que nem sempre essa decisão é a que a sociedade espera. O padre Omar afirmou que vai cuidar da menina na instituição até que consigam achar um bom lar.


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