EUA rejeitam proposta da Rússia e jogam no colo de Putin possibilidade de guerra na Ucrânia

Foto: Reprodução

A proposta da Rússia em busca de uma solução para a crise com a Ucrânia foi rejeitada formalmente nesta quarta-feira (26) pelos Estados Unidos. Os EUA afirmam que guerra ou paz no país europeu agora dependem da reação do presidente russo Vladmir Putin. Além disso, disseram que estão “preparados de qualquer jeito”.
As declarações foram dadas pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, responsável pela diplomacia do país, em entrevista em Washington. Ao mesmo tempo, conversas entre Rússia, Ucrânia, Alemanha e França em Paris resultaram apenas no acerto para uma nova reunião, em Berlim.
Segundo a Folha de São Paulo, Blinken não detalhou o documento entregue a seu colega russo, Serguei Lavrov, porque confia em “conversas confidenciais”. Em um sinal de que diz temer um conflito iminente, a embaixada americana em Kiev pediu que todos os seus cidadãos deixem o país.
A resposta americana era previsível e manteve a disposição de conversar. “Estamos abertos ao diálogo”, disse Blinken. Depois, sem detalhar, ele falou sobre as demandas apresentadas por escrito por Putin:
1) Expansão da Otan. O Kremlin quer a volta da aliança militar a seu tamanho antes da absorção de membros ex-comunistas, a partir de 1999. Blinken disse não.
2) Entrada da Ucrânia. Putin queria o compromisso de que a aliança nunca chegaria às suas portas na grande fronteira com os ucranianos. Blinken disse não e ressaltou que não abre mão da soberania territorial de Kiev.
3) Outros temas. Aqui está a porta de saída do imbróglio, se é que ela existe com exercícios militares envolvendo milhares de russos em três lados da Ucrânia. Blinken disse estar aberto a mais diálogos e citou temas como desarmamento nuclear e monitoramento de exercícios militares mútuos.
O problema é que tudo isso já havia sido colocado na mesa antes, em três semanas de negociações diversas. O secretário americano disse que deverá falar novamente com Lavrov, assim que o chanceler conversar com Putin sobre o óbvio: o impasse segue.


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