Copa do Mundo do Qatar será teste de alta tecnologia

Foto: Reprodução

Perspectiva 2022/Esporte

Enquanto a Fifa não consegue emplacar sua proposta de Mundiais a cada dois anos, um “ano de Copa” continua sendo especial e aguardado com grande expectativa por fãs de futebol de todo o planeta. Em 2022, os torcedores poderão mergulhar nas muitas novidades apresentadas pelo Catar, entre elas a tecnologia 5G implantada no país. A 22ª. edição do torneio também ficará marcada por situações inéditas, como a época dos jogos (novembro/dezembro) e os deslocamentos curtos pelo território de 11,5 mil km2, que corresponde à metade de Sergipe, o menor estado brasileiro. Com isso, haverá até a possibilidade de se assistir a duas partidas por dia.
Será a primeira Copa do Mundo em que os torcedores terão interatividade total, garantida pelo 5G e pela rede de fibra ótica já instalada no país. Com grande velocidade e capacidade no processamento de informações, o Catar oferecerá o “mais inteligente sistema do mundo, para a melhor experiência possível”. Começa pelos estádios com climatização individualizada — o ar condicionado, em torno de 25 graus, foi pensado até para refrescar espaços por baixo dos assentos. Haverá também plataformas de inclusão incríveis, como acesso a informações e entretenimento em Braille ou salas de visualização para jovens autistas. Sensores estarão espalhados por todo o território, com plataformas de acesso a navegações por espaços internos e externos, de hotéis a restaurantes, de shoppings a hospitais, em tempo real. Até uma camisa com sensores no tecido está sendo desenvolvida, para coleta de batimentos cardíacos, respiração e hidratação, dados que serão usados para prevenir emergências médicas.
A Copa de 2022, ligeiramente mais curta, foi pensada para arrecadar mais. Um equipamento apontará impedimentos instantaneamente, para o jogo andar mais rápido. E haverá mais partidas por dia (na primeira fase, no Brasil, serão às 7h, 10h, 13h e 16h — com a final ao meio-dia), porque a distância máxima de 50 quilômetros permitirá deslocamentos com maior agilidade. Um entrave que esquenta a cabeça dos sheiks e dos organizadores mais que o tórrido sol do deserto: a proibição de bebidas álcoólicas. O que fazer com as hordas de beberrões que costumam invadir as sedes das Copas? O evento, que teria rendido à Fifa perto de 880 milhões de euros em propina (R$ 5,6 bilhões), segundo o jornal britânico The Sunday Times, levantou preocupações com relação ao clima desértico. Os aterrorizantes 50 graus que a temperatura pode alcançar em julho, com sensação térmica de 60, empurraram o jogo de estréia para 21 de novembro. Mas isso não é nada que US$ 4 bilhões (R$ 22,7 bilhões) prometidos pelos organizadores para gastar em nove estádios, mais US$ 50 bilhões (R$ 284 bilhões) em infra-estrutura, não resolvam.


Haverá sensores por todo o território do Catar, com plataformas de acesso à internet em espaços internos e externos de hotéis e restaurantes

E a seleção brasileira de Tite? Bem, há quem diga que o time não tem grandes chances. Já os otimistas destacam a classificação antecipada em seis jogos, nas Eliminatórias. De fato, depois que a Europa implantou a Copa das Nações, em 2018, suas seleções perderam o interesse em atravessar o Atlântico para vir à América do Sul. O Brasil, por seu lado, sente falta desse intercâmbio — ainda mais com a decisão sobre amistosos, contra seleções nada tradicionais, “terceirizada” pela CBF. O último jogo da seleção brasileira contra europeus remonta a 2019, contra a República Tcheca. Assim, fica para trás em esquemas táticos e pode tomar vareio da Bélgica, por exemplo, com aconteceu em 2018. Embora chegue sem favoritismo —talvez, até por isso —, a seleção de Tite pode surpreender.
Fonte: IstoÉ


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Últimas Notícias