Chefão da Globo escancara debandada do canal e confirma novas demissões de veteranos: “É muito difícil”

Apesar da reformulação forçada pelo corte de gastos, a emissora manteve veteranos sob contrato
Desde 2019 adotando uma completa reformulação em seu modelo de negócios, a Globo foi obrigada a tomar algumas medidas impopulares e a principal delas foi o fim do contrato fixo de alguns atores e atrizes, que culminou em demissões de veteranos do canal como Antônio Fagundes, Angélica e Renato Aragão.
Em entrevista a Guilherme Ravache, do Notícias da TV, Erick Brêtas, chefão do setor digital da Globo e do GloboPlay, falou sobre demissões das estrelas e confirmou que a nova onda de cortes, apesar de não ser fácil, é necessária.
Estou há 25 anos na Globo. Como executivo, há 16 anos. Vejo hoje uma Globo muito mais disciplinada no controle dos gastos e nas decisões de investimentos. E isso é bom. Sei que pode ter um lado difícil. Quando precisamos demitir colegas e companheiros é muito difícil, ninguém gosta de demissão. É difícil para os gestores, e ninguém comemora uma coisa dessas“, iniciou o contratado do canal.
Cabe ressaltar que apesar das demissões de atores consagrados, a empresa da família Marinho se desdobrou para manter outros veteranos importantes para o canal como Tony Ramos, Fernanda Montenegro, Lima Duarte e Renata Sorrah, ainda que eles não estejam no ar.
“Às vezes, o enxugamento é necessário para trazer eficiência para as operações, é importante. Uma empresa como a Globo, com diferentes unidades de negócio em diferentes estágios de maturidade, precisa ter partes do negócio que que geram valor por meio da geração de margem e novos negócios, como o Globoplay, que geram valor por criação de propriedades“, pontuou Brêtas, indicando que a principal aposta para o futuro da Globo é o seu serviço de streaming.
EXECUTIVO TAMBÉM FALOU SOBRE A DEBANDADA DE COMPETIÇÕES ESPORTIVAS
Ao NTV, Erick também falou sobre a perda dos direitos esportivos que a emissora teve nos últimos anos. Segundo ele, a Globo não fará mais loucuras por conta do esporte e que irá selecionar as atrações mais rentáveis para a empresa.
“A Globo não está mais disposta a pagar qualquer preço por direitos esportivos. Primeiro porque os preços dos direitos esportivos estão muito mais caros do que estavam. Se olhar os preços hoje e há cinco anos, se vê uma clara escalada de preços. E isso não é sustentável”, afirmou o chefão, que seguiu.
A Globo não perdeu os campeonatos estaduais porque não tem dinheiro. É uma escolha. Para a Globo priorizar alguns direitos, precisa abrir mão de outros“, concluiu Erick Brêtas.


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