Aumento de casos de Covid-19 e de influenza motivou a não realização da festa.
São Paulo – Após Rio, Ouro Preto e Salvador, nesta quarta-feira (5) foi a vez de a Prefeitura do Recife cancelar a realização do tradicional Carnaval de rua. A medida ocorre devido ao quadro atual de Covid-19 e ao aumento de infecções pelo vírus influenza. São Paulo cancelou na manhã desta quinta-feira o Carnaval de rua da cidade, 32 blocos já cancelaram ao menos 41 desfiles, e associações de rua lançaram manifesto contrário.
Em pelo menos 11 capitais a prefeitura não patrocinará o Carnaval de rua: Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Rio, Salvador e São Luís e São Paulo.
Carnaval de rua é cancelado no Recife e outras 10 capitais.
Nesta quarta, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que a decisão sobre o Carnaval de rua caberá às prefeituras, mas se posicionou contrário à realização. “Não é o momento para aglomerações dessa ordem. Portanto, a recomendação é evitar que aconteça.”
João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico do Estado, disse considerar “impensável manter o Carnaval [de rua] nestas condições”. “Mesmo o Carnaval de desfile, nós temos de ter uma preocupação, porque essas pessoas, para chegar ao local de desfile, vão se aglomerar no transporte coletivo, vai ter aglomeração na entrada, na saída. E isso sempre é um risco”, afirmou.
Após anunciar a decisão, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (Solidariedade), disse ao Estadão que seria uma “irresponsabilidade muito grande” promover festividades públicas neste momento, uma vez que a cidade recebe, em média, 4 milhões de foliões de cerca de 80 países. “Eu sempre disse que nós estávamos preparados para realizar o Carnaval da nossa cidade em 2022 desde que as condições por conta da pandemia fossem favoráveis. No entanto, o cenário pandêmico não nos permite fazer este que é o maior Carnaval do mundo.”