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Brasil tem 6 estados e DF com situação crítica nas UTIs, maior número desde junho de 2021, indica Fiocruz

Foto: Redação

Veja ocupação dos leitos de UTI no país de julho de 2020 a janeiro de 2022


O Brasil registrou o maior número de estados sob alerta crítico na ocupação de leitos de UTI para Covid-19 desde junho de 2021, informou a Fiocruz em boletim divulgado nesta quarta-feira (26).


As altas taxas foram verificadas entre 17 e 24 de janeiro. Seis estados e o Distrito Federal têm 80% ou mais dos leitos intensivos ocupados. A situação é a pior desde a semana de 21 a 28 de junho de 2021, quando 7 estados e o DF estavam nessa situação.


A pior taxa de ocupação dos leitos de UTI está no próprio DF, com índice de 98%. O maior crescimento em pontos percentuais também foi visto lá, em um empate com o Amapá (veja detalhes mais abaixo).


Imagem mostra nível de ocupação dos leitos de UTI desde julho de 2020 — Foto: Fiocruz

Imagem mostra nível de ocupação dos leitos de UTI desde julho de 2020 — Foto: Fiocruz


Na última semana,12 estados ficaram na zona de alerta intermediário, e apenas 8 não entraram na zona de alerta.


Com o acréscimo de leitos, MaranhãoMato Grosso e Pernambuco registraram queda nas ocupações; Pernambuco, entretanto, continua na zona de alerta crítico, com 81% dos leitos ocupados.


Estados com ocupação crítica nos leitos de UTI:


 


Espírito SantoGoiás e Pernambuco já tinham alerta crítico na ocupação dos leitos na semana passada.


Gif mostra ocupação de leitos de UTI — Foto: Reprodução


Estados com nível de alerta intermediário na ocupação dos leitos de UTI:


 


AmazonasBahiaCearáParáRoraima e Tocantins já estavam com alerta intermediário na semana passada. Mato Grosso deixou a zona de alerta crítico, caindo para a zona de alerta intermediário.


Estados fora da zona de alerta:


Com exceção do Maranhão, todos os outros estados já estavam fora da zona de alerta na semana passada.


Covid: Fiocruz aponta alerta crítico para leitos de UTI em 6 estados e o DF
Maiores aumentos
 

Os maiores aumentos em pontos percentuais foram vistos no Distrito Federal e no Amapá:


 


Ocupação nas capitais

 


Entre as 25 capitais com taxas de ocupação divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico:


 


As outras 14 capitais com dados divulgados estão na zona de alerta intermediário:


 


Situação está ‘nitidamente piorando’, dizem pesquisadores

 


Ao divulgar os dados, os pesquisadores da Fiocruz pontuaram que a situação da pandemia no país está “nitidamente piorando, embora o avanço da vacinação ajude a desenhar um quadro diferente do de outros momentos mais críticos da pandemia”.


“Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos”, apontam os cientistas.


 


Eles salientaram que, como a variante ômicron é bastante transmissível, mesmo que haja uma proporção menor de casos graves – graças à vacina –, se muitas pessoas se infectam, a quantidade que acaba precisando de um leito de UTI também cresce.


Além disso, ainda há uma parte da população que não recebeu a dose de reforço e, também, não recebeu nenhuma dose de vacina. O Brasil tem, hoje, 69% da população com duas doses (ou a dose única) de vacina.


“Em pleno verão, são comuns os registros de aglomerações, a negligência com o uso de máscaras de boa qualidade, bem como o desrespeito à necessidade de isolamento por tempo adequado na ocorrência ou suspeita de ocorrência da infecção”, afirmam os pesquisadores.


 


“É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos”, avaliam.


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