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Biden disse a presidente da Ucrânia que EUA responderá ‘decisivamente’ se Rússia invadi-la

Foto: Gints Ivuskans

O presidente americano, Joe Biden, disse a seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelenski, neste domingo (2), que Washington e seus aliados “vão responder decisivamente” se a Rússia agir para invadir seu vizinho pró-ocidental, informou a Casa Branca.
Soldados ucranianos participam de exercícios militares nos arredores de Kiev, em 25 de dezembro de 2021© Sergei SUPINSKY Soldados ucranianos participam de exercícios militares nos arredores de Kiev, em 25 de dezembro de 2021
Ao comentar a conversa por telefone entre os dois presidentes, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, também disse que Biden expressou seu apoio aos esforços diplomáticos, inclusive os diálogos de alto nível entre funcionários russos e americanos, previstos para 9 e 10 de janeiro em Genebra.
O presidente russo, Vladimir Putin, em 28 de dezembro© Yevgeny Biyatov O presidente russo, Vladimir Putin, em 28 de dezembro
“O presidente Biden deixou claro que os Estados Unidos e seus aliados e sócios responderão de forma decisiva se a Rússia chegar a invadir a Ucrânia”, afirmou Psaki em um comunicado.
Biden também “reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, acrescentou.
A demonstração de apoio dos Estados Unidos à Ucrânia ocorre dias depois de Biden ter advertido o presidente russo, Vladimir Putin, sobre graves consequências caso Moscou invada seu vizinho.
Durante a conversa com Zelensky, Biden também insistiu no compromisso de Washington “com o princípio ‘nada sobre você sem você'”, em uma primeira referência à necessidade de incluir a Ucrânia nas negociações sobre seu próprio futuro.
Posteriormente, Zelensky tuitou que apreciava “o apoio inquebrantável” dos Estados Unidos à Ucrânia e que o telefonema “prova a natureza especial” da relação bilateral.
No começo desta semana, Biden conversou com Putin, no segundo telefonema entre os dois líderes em três semanas, à medida que aumentam as tensões sobre a Ucrânia.
Ao falar sobre o telefonema com Putin na sexta-feira, Biden disse: “Não vou negociar aqui em público, mas deixamos claro que não pode, vou enfatizar, que não pode invadir a Ucrânia”.
O presidente americano acrescentou, em declarações aos jornalistas durante sua passagem em Delaware durante as festas de fim de ano, que tinha “deixado claro ao presidente Putin que teremos sanções severas, aumentaremos nossa presença na Europa, com aliados da Otan” se a Rússia invadir a Ucrânia.
Biden também “expressou seu apoio às medidas de fomento da confiança para reduzir as tensões em Donbass e à diplomacia ativa para a implementação dos Acordos de Minsk”.
Nestes pactos, negociados por França e Alemanha, a Ucrânia acordou realizar reformas políticas, enquanto a Rússia concordou em pôr fim a seu apoio aos rebeldes separatistas pró-russos.
– “Comprometer-se significativamente” –
Washington e seus aliados europeus acusam a Rússia de ameaçar a Ucrânia com uma nova invasão.
Cerca de 100 mil militares russos se concentram perto da fronteira do país, onde Putin já ocupou a região da Crimeia, em 2014, e é acusado de fomentar uma guerra separatista pró-russa que explodiu naquele ano no leste.
Moscou descreve a presença de tropas como proteção à expansão da Otan, apesar de a Ucrânia não ter sido convidada a ser membro da aliança militar.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, conversou na sexta-feira com o diretor da Otan, Jens Stoltenberg; posteriormente, Blinken instou a Rússia a “se comprometer significativamente” nas próximas conversas sobre o tenso confronto entre Moscou e Kiev.
Stoltenberg disse que a Otan estava “unida” e “preparada para o diálogo”.
No telefonema de quinta-feira Biden advertiu Putin contra a invasão da Ucrânia, enquanto o líder do Kremlin disse que as sanções contra Moscou seriam um “error colossal”.
Após um telefonema de 50 minutos, o segundo em pouco mais de três semanas, os dois presidentes indicaram seu apoio a uma maior diplomacia.
Putin se disse “satisfeito” em geral com as conversas, disse a jornalistas o assessor de política externa Yury Ushakov.
Um alto funcionário americano, que falou sob a condição do anonimato, disse que o tom “foi sério e significativo”.
No entanto, não foi possível ocultar a profundidade da desavença ou os riscos perigosamente altos nas franjas do leste europeu.
Fonte: AFP


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