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Tradicional queima de fogos na virada de ano da Base é cancelada em Rio Branco pelo segundo ano

Ted Fogueteiro anunciou cancelamento da queima de fogos e festa no bairro Base, região do Segundo Distrito de Rio Branco.
Réveillon da Base chega a reunir cerca de 20 mil pessoas em Rio Branco.
Após o governo do Acre confirmar o cancelamento da festa de réveillon, o organizador da tradicional queima de fogos no bairro Base, em Rio Branco, Jamildi Darub, o Ted Fogueteiro, também anunciou o cancelamento, temendo o avanço da nova variante ômicron.
A queima de fogos na virada do ano na Base é realizada há mais de 25 anos. Inicialmente era promovida com recursos próprios de Ted, mas com o passar dos anos prefeitura e governo entraram como parceiros, segundo o organizador.
Essa é a segunda vez que a queima de fogos é cancelada devido à pandemia do novo coronavírus. Em 2020, houve uma oração e a organização soltou mais mil balões brancos à meia-noite para lembrar as vítimas da Covid-19.
“Não vai ter. Não entrei com projeto também. Por enquanto, está cancelado. Segundo ano sem, ano que vem vou entrar com projeto [para conseguir recursos]. Esse ano não tem dinheiro. Ano que vem vou correr atrás disso”, garantiu Ted.
Réveillon na Gameleira
O governo do Acre confirmou, nesta segunda-feira (6), o cancelamento da festa de réveillon. O motivo é a pandemia do novo coronavírus e a possibilidade da variante ômicron aumentar a taxa de contaminados e de mortos pela doença.
Em entrevista à Rede Amazônica, a secretária de Saúde, Paula Mariano, falou da preocupação com a saúde da população.
“A nova variante é uma preocupação do mundo, não só do estado, das outras capitais também. Então, isso levou a equipe técnica e o governador também, preocupado com o que pode vir a acontecer, então, ele achou melhor prezar pelo bem da população e suspender a festa”, disse a secretária.
Este é o segundo ano seguido que não haverá comemoração na capital acreana. Em novembro, o secretário de Empreendedorismo e Turismo (Seet) do estado, Jhon Douglas da Costa Silva, disse que a festa seria feita em parceria com a prefeitura, por meio da Fundação Garibaldi Brasil. E, na última semana, anunciou que analisava a possibilidade de cancelar a festa.
A variante ômicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).
Sobre festas privadas, a secretária disse que é necessário acompanhar o comportamento da doença, para poder ter uma definição. Além disso, para quem circular em lugares durante a virada de ano, ela orienta que observem os cuidados sanitários, além da orientação para que seja utilizado o passaporte da vacina em locais que recebam público.
“Essa variante está em análise ainda, a gente não pode falar nada sobre ela. Como aconteceu no início da pandemia, a gente foi aprendendo tudo sobre ele, um vírus que já existia, com as mutações. Agora, surge uma nova variante que é melhor não pagar para ver. Então, com essa análise diária, em nível mundial e nacional, a gente vai dando as respostas de acordo com o que a gente vai vendo que vai acontecendo”, pontuou.
Com o surgimento da variante, ao menos 21 capitais brasileiras anunciaram que não farão festas de réveillon por conta da Covid: Aracaju, Belém, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, São Luís e Vitória. Em Florianópolis e Recife haverá queima de fogos, mas os shows foram cancelados.

Eventos com mais de 100 pessoas
Na semana passada, a edição do Diário Oficial do Estado (DOE) trouxe uma mudança sobre as normativas de realização de grandes eventos no estado. O Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 atualizou o protocolo sanitário para eventos de entretenimento com grande público e também incluiu orientações aos estabelecimentos do setor.
Com isso, eventos com mais de 100 pessoas foram liberados nas faixas amarela e verde durante pandemia.
A flexibilização acontece em função do avanço da vacinação no estado, principal medida de prevenção da Covid, e da queda do número de casos da doença, óbitos e hospitalizações.
Para entrar nesses eventos será necessário apresentação da carteirinha de vacinação comprovando a imunização contra a Covid-19.
Covid-19 e vacinação no Acre
O Acre segue com redução de casos e mortes pela Covid-19. Desde o início da pandemia, mais de 88,2 mil pessoas foram contaminadas e mais de 1,8 mil perderam suas vidas para a doença. Mais de 86 mil pessoas receberam alta.
Atualmente, em todo estado, há 11 pacientes internados nos hospitais de referência, dos quais sete estão com resultado positivo para a doença. 55 exames de RT-PCR estavam à espera de análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux.
Dos 20 leitos disponíveis na rede SUS em todo o Acre, três estão ocupados. Com isso, a taxa de ocupação dos leitos é de 15%. São 10 leitos em Rio Branco e 10 em Cruzeiro do Sul.
De acordo com informações do portal de transparência do governo, o Acre já recebeu 1.015.363 doses de vacinas e foram aplicadas 1.011.249 doses na população até esta segunda (6), data da última atualização. Das doses, 563.686 pessoas tomaram a primeira dose, 414.941 a segunda, 12.146 a dose única e 16.735 a de reforço.
Segundo o governo, o número de doses aplicadas que consta no portal refere-se aos dados já inseridos no sistema do Ministério da Saúde, cujas atualizações são realizadas pelos municípios. Por isso, pode haver atraso nas informações.


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