O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, endossou palavras do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao efender a divulgação de nomes de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que apoiaram a vacinação infantil contra a Covid-19 com Pfizer. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (20), em conversa com jornalistas na sede da pasta, em Brasília.
“O serviço público é caracterizado pela publicidade dos seus atos. Então, todos os técnicos que se manifestem em processos http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativos tem que ser publicizados os atos, a não ser aqueles atos que são mais restritos. Mas não há problema em ter publicidade dos atos da http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração. Acredito que seja até um requisito da Constituição”, disse o ministro.
Queiroga afirmou que também já sofreu ameaças, mas sem especificar de qual natureza, e que cabe à Polícia Federal investigar o caso.
“Isso aí é com a PF. Não é com o Ministério da Saúde. O corpo técnico da Anvisa tá trabalhando aí, fazendo o papel deles. […] O ministro da Saúde tem compromisso com a saúde pública, pessoal. Essa questão é uma questão de segurança, não é? Então tem que ser tratado com as esferas competentes, ok?”, afirmou.
No domingo (19), Bolsonaro afirmou que a vacinação de crianças contra a Covid-19 só deveria ocorrer com autorização dos pais e apresentação de “receita médica”. A exigência pode dificultar a imunização daquelas que têm pouco acesso a serviços de saúde.
“Se depender de mim, é o pai que decide (se a criança deve receber a vacina). Vai pedir receita médica também. Não é o governador ou prefeito quem vai decidir isso”, disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores, em Praia Grande (SP).
A Anvisa liberou o uso da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos na última quinta-feira. O ministério, contudo, não tem reserva de doses pediátricas para o grupo.