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Ômicron: veja como fabricantes de vacina avaliam impacto ou se preparam para agir contra variante

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na quarta-feira (1°), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou informações às vacinas autorizadas no país sobre a eficácia e efetividade dos imunizantes contra a nova variante da Covid-19, a ômicron.
Abaixo, veja o que se sabe sobre as declarações dos fabricantes sobre o enfrentamento da ômicron.


Pizer/BionTech

 


Pfizer informou que já começou a avaliar o impacto na variante ômicron na eficácia da vacina. A expectativa da fabricante é que os resultados dos estudos estejam disponíveis ainda no mês dezembro. Só então, a Pfizer irá avaliar se será preciso desenvolver uma nova versão da vacina ou não.


“A Pfizer e a Biontech já começaram os estudos do impacto da variante ômicron na eficácia da vacina atualmente distribuída e espera ter resultados já em dezembro. Com isso, avaliará se será preciso desenvolver uma nova versão do imunizante”


 


Segundo a farmacêutica, caso seja necessário uma nova vacina, será preciso “6 semanas para o desenvolvimento e cem dias para a produção”.


AstraZeneca
 

A Universidade de Oxford disse na terça-feira da semana passada, dia 30, que não há evidências de que as vacinas contra o coronavírus não prevenirão doenças graves da variante ômicron, mas acrescentou que está pronta para desenvolver rapidamente uma versão atualizada de sua vacina produzida com a AstraZeneca, caso necessário.


A AstraZeneca já está fazendo pesquisas em Botsuana e em Essuatini — países onde a nova variante foi detectada.


Janssen


A Johnson&Johnson (Janssen) disse que está avaliando a eficácia do seu imunizante contra a ômicron ao mesmo tempo em que desenvolve uma vacina específica para a variante.


“Começamos a trabalhar para projetar e desenvolver uma nova vacina contra a ômicron e vamos progredir rapidamente em estudos clínicos, se necessário”, disse Mathai Mammen, chefe global de pesquisa da unidade farmacêutica da J&J.


CoronaVac

 


Em entrevista ao Jornal da CBN, Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, disse que o instituto já coletou amostras dos indivíduos contaminados pela ômicron e os testes foram iniciados. Segundo Coccuzzo, o resultado deve sair entre duas e três semanas.


A Sinovac, fabricante da CoronaVac, disse que está avaliando se o imunizante funciona contra a nova variante ou se será necessário desenvolver novas vacinas.


Moderna

 


Na contramão de todos esses grandes laboratórios, o executivo-chefe da farmacêutica americana Moderna, Stephane Bancel, disse ao jornal Financial Times o seguinte: “Não existe um mundo em que a eficácia da vacina seja do mesmo nível que tivemos com a delta. Nós temos que esperar os dados, mas todos os cientistas com quem falei dizem que não vai ser bom”.


O laboratório já começou a trabalhar, na semana passada, em uma nova vacina para colocar no mercado caso seja necessário.


Sputnik

 


A Rússia disse nesta segunda-feira que estará pronta para fornecer vacinas de reforço para proteção contra a variante ômicron do coronavírus, se necessário, e o Kremlin disse que a reação do mercado financeiro à nova cepa foi emocional e não baseada em dados científicos.


“O Instituto Gamaleya acredita que a Sputnik V e a Light neutralizarão a ômicron, pois têm maior eficácia em relação a outras mutações”, disse Kirill Dmitriev, chefe do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF) que comercializa a vacina no exterior, por meio da conta oficial da Sputnik V no Twitter.


“No caso improvável de uma modificação ser necessária, forneceremos várias centenas de milhões de reforços da Sputnik (contra a) ômicron até 20 de fevereiro de 2022”, disse Dmitriev.


Fabricantes da China

 


A Comissão de Saúde do país diz que os fabricantes de vacina do país acompanham os dados sobre a nova variante e se preparam para o caso de ser necessário atualizar suas vacinas. Entretanto, reforçou que ainda não está certo se imunizantes que já existem contra a Covid-19 combatem a nova variante.


A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes. O primeiro caso confirmado da ômicron foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021 no país.


No dia 30 de novembro, autoridades sanitárias holandesas afirmaram que a variante já estava presente na Holanda no dia 19 de novembro — uma semana antes do que se acreditava e antes da OMS classificar como variante de preocupação.


A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta.


Fonte: G1


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