Menino de 10 anos morre após cirurgia para extrair dente em MG

Garoto teria sofrido hemorragia, na cidade de Igarapé; dentista relata à polícia que o menino estaria com inflamação havia dias.

Antony teria pedido muito sangue na extração
REPRODUÇÃO / RECORD TV MINAS
Um menino de 10 anos morreu, na tarde desta segunda-feira (20), após um procedimento odontológico em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, para extração de um dente.
De acordo com a PM (Polícia Militar), Antony Bernardo da Silva Souza teria sofrido uma hemorragia durante a cirurgia.
Maria Jacinta, avó da criança, contou à reportagem que o menino começou a ter sangramento na última terça-feira (14) e foi levado para o hospital para tratar o problema. Na quarta-feira (15), a mãe teria o levado à dentista.
O diagnóstico foi de inflamação e a profissional teria indicado duas possibilidades de tratamento: um canal, que custaria R$ 800 ou a extração, que seria mais barata. A profissional teria indicado antibióticos e pedido para levá-lo novamente quando o sangramento acabasse. A avó afirma que o problema não ocorreu neste domingo (19).
“A minha filha fez o raio-x que a dentista pediu. Ela [a profissional] olhou e falou que tinha condições de retirar o dente. Eu ainda perguntei se não tinha perigo de hemorragia por causa do sangramento e ela disse que não”, afirma Maria Jacinta.
A mãe teria optado pela extração, em função do valor. Durante o procedimento, o garoto teria reclamado de dor, mesmo com aplicação de anestesia.
“Na hora que o dente foi arrancado, começou um grande sangramento e o meu neto desmaiou. Eu perguntei se ele estava morrendo. Disseram que não e nos retiraram da sala”, relembra Maria Jacinta.
A avó de Antony Bernardo afirma que a extração durou aproximadamente 20 minutos e que eles aguardaram outros 30 minutos até a chegada da ambulância que levou o garoto para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Igarapé. Segundo a PM, a dentista de 29 acompanhou o menor até a unidade de saúde.
Ameaça

Menino foi socorrido na UPA de Igarapé (MG)
AKEMI DUARTE / RECORD TV MINAS
Na UPA, revoltados com a morte, familiares teriam ameaçado a profissional. Ainda segundo os militares, a dentista deixou o local e se apresentou em uma companhia de polícia próxima à unidade hospitalar depois de ser ameaçada.
O pai do garoto foi impedido de entrar na Upa, devido às ameaças contra a profissional. A dentista foi encaminhada para a delegacia da Polícia Civil, onde será ouvida pelo delegado de plantão.
Segundo a prefeitura, a clínica odontológica é particular. Ainda não se sabe o que pode ter levado a morte da criança. A perícia da Polícia Civil foi acionada para comparecer à UPA onde o menor foi atendido.
A reportagem tenta contato com a clínica onde o procedimento foi realizado.


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