Um idosos, 67 anos, foi preso na tarde desta quinta-feira (23/12) após ser apontado como suspeito de estuprar a própria neta de apenas 11 anos, no município de Santa Gertrudes, em Patos, sertão da Paraíba. Os abusos resultaram em uma gravidez que foi descoberta após a menina apresentar sintomas como enjoo e vômitos e ser levada ao hospital pela avó.
A criança foi encaminhada ao hospital, inicialmente, com suspeita de covid-19. No entanto, os médicos do Hospital Infantil de Patos constataram que, na verdade, a menina está grávida, com cerca de um mês de gestação. Exames de corpo de delito confirmaram os abusos.
Após os resultados, a garota disse que estava sofrendo abusos sexuais do avô. Segundo a delegada responsável pelo caso, Silvia Alencar, da delegacia da mulher de Patos, o idoso não estava ameaçando a neta, mas ela não contou sobre os estupros por vergonha. Um mandado de prisão contra o suspeito foi emitido. Ele estava foragido, mas foi encontrado e preso no final da tarde desta quinta (23/12).
“Ela estava sendo criada pelos avós em razão do falecimento da mãe dela. A suspeita inicial era de coronavírus, mas os médicos ao final descobriram que ela está grávida de um mês. Foi então que ela resolveu relatar para os médicos e para a avó que o autor do fato teria sido o avô e que ela nunca tinha se relacionado com ninguém. Disse que não sofria ameaças por parte do avô, mas decidiu não falar nada por vergonha”, disse a delegada ao portal Patosonline.com.
De acordo com a declaração dada pela delegada a esse mesmo portal de notícias da cidade paraibana, a criança poderá realizar um aborto legal para interromper a gravidez. “Vários órgãos de proteção já estão sendo acionados para que, de acordo com a lei, ela possa fazer o aborto legal, se assim desejar, porque é uma família muito carente. Ela é criada pela avó, que é uma pessoa, pelo que já tomei conhecimento, que faz uso de medicamentos controlados. Então, não é uma situação confortável para a família”, afirmou Silvia ao portal de Patos.
Tentativa de contato
A reportagem do Correio tentou entrar em contato com a Polícia Civil de Patos, Paraíba. Entretanto, não conseguimos falar com a delegada responsável, Silvia Alencar.
Fonte: Correio Braziliense