Mãe da estudante Annelise Lopes Andrade, de 16 anos, falou com a filha antes de ela ser sedada em hospital de Goiânia por causa das queimaduras que sofreu durante experimento que fazia com colegas na escola. Diolange Lopes Carneiro contou que a adolescente teve costas, abdômen e rosto queimados por causa da explosão.
Ela me pediu um abraço, não pude dar esse abraço nela, mas ela entendeu e eu falei para ela ficar calma para ela ser medicada”, disse a mãe.
Annelise teve que ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Até a noite de terça-feira (30), o estado de saúde dela era considerado grave e estável.
Diolange disse que a filha está muito machucada. Segundo ela, boa parte do corpo de Annelise foi queimado no acidente.
“Quando a vi ela estava com corpo todo queimado. Lá eles me informaram que era 70%, mas chegando aqui [ao hospital] parece que é 60%. Não sei exatamente. As costas bastante quieimadas, rosto, cabelo, parte da barriga. Estava muito queimada”, disse a mãe.
Apesar da gravidade do acidente, Diolange contou que está confiante na recuperação da filha:
“Orando, pedi para que todos orem. Logo ela vai estar bem. Eu creio. Ela é uma menina forte, minha parceira, e logo sei que ela vai estar bem”, afirmou
Explosão
Annelise teve parte do corpo queimado em acidente com experimento que fazia com outros colegas no Colégio olégio Heli Alves, em Anápolis, a 55 km de Goiânia, na terça-feira (30).
Coordenador do colégio em que a explosão aconteceu, Marcos Gomes explicou que os alunos do 2º ano estão com aulas remotas durante esta semana e pediram para ir à escola para gravar um experimento de física e química.
Segundo ele, os estudantes foram autorizados a usar uma sala para gravação, mas não avisaram que usariam álcool e nenhum professor ou monitor estava acompanhando a situação.
“Eles disseram que iriam gravar uma apresentação, mas não explicaram o que iriam fazer. Eles disseram que colocaram fogo ao álcool, mas que acharam que não tinha pego. Por isso, foram colocar mais [álcool] e houve essa explosão”, detalhou o coordenador.
De acordo com o coordenador, Annelise foi a única que se machucou. Ele disse que funcionários da escola ouviram os gritos e levaram a estudante para o chuveiro até que a chegada dos bombeiros.
Ele explicou ainda que deve consultar o sistema de câmeras de monitoramento da escola para verificar se há imagens do que aconteceu.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou, por meio de nota, que “dá total apoio aos familiares e uma equipe multidisciplinar acompanha a situação”.
Também de acordo com o comunicado, a coordenação regional “verifica os detalhes dentro da escola, com suporte aos demais adolescentes”.