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Idosa morre em carro de aplicativo e família diz que Samu negou socorro; coordenação apura conduta médica

Neto disse que chegou a ligar duas vezes para o Samu e que foi orientado a levar avó até o pronto-socorro. Coordenação do Samu diz que vai abrir procedimento http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo disciplinar.
A família da idosa Maria das Dores da Silva, de 77 anos, denunciou que ela morreu dentro de um carro de aplicativo após dois pedidos de socorro feitos ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) terem sido recusados.
O caso ocorreu na madrugada do último domingo (5). Segundo o neto de Maria, o professor Héricles Rodrigues, a idosa não resistiu e morreu a caminho do pronto-socorro.
Ao g1, o coordenador do Samu, Pedro Pascoal, informou que um procedimento http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo disciplinar vai ser aberto para apurar a conduta médica. _“Vamos levantar as gravações e avaliar a conduta médica, podendo o mesmo ser penalizado por negligência médica e omissão de socorro.”_
O neto da idosa contou que durante a noite a avó começou a reclamar de falta de ar e por volta das 2h ele decidiu ligar para o Samu para pedir socorro. Na primeira ligação, a idosa ainda conseguiu falar com o médico atendente e foi orientada a buscar atendimento no hospital.
A situação foi ficando mais grave e a falta de ar deixou a idosa sem forças para levantar ou falar. Foi então que o neto ligou pela segunda vez para o Samu, contou o que estava acontecendo e pediu que uma ambulância fosse atendê-la. Mesmo avisando que não tinha carro, ele foi orientado a levar a avó até o hospital.
_“Na segunda ligação ela mal conseguia respirar, estava revirando os olhos, expliquei a situação e a atendente disse que eu tinha que fazer o que o médico tinha falado anteriormente. Falei que ela estava morrendo e disseram que não tinha como fazer muita coisa. Percebi que não iam trazer uma ambulância e continuei tentando conseguir um Uber. Foi quase uma hora até eu conseguir, alguns motoristas cancelaram a corrida”,_ contou.
O professor disse ainda que no caminho do hospital percebeu que a avó não estava mais com pulso e que, ao chegar no PS, foi informado que os profissionais tentaram de tudo, mas que ela tinha ido a óbito por um infarto. A família disse que pretende levar o caso para a Justiça.
_“Por mais que se eles tivessem ido, tentado ajudar e ela não tivesse resistido, eu estaria mais conformado. Mas essa demora, a cena dela definhando, morrendo do meu lado, isso me deixou muito revoltado com essa situação. Um serviço que era para atender a população, principalmente uma pessoa idosa que é uma prioridade. O Samu basicamente hoje só serve para atender baleado e esfaqueado na rua”,_ reclamou.


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