Homem dá contragolpe em criminoso pelo WhatsApp

Foto: Internet

Reprodução/ Instagram


Felipe* (nome fictício), de 35 anos, trabalha como gerente de vendas e no final da manhã desta segunda-feira foi surpreendido em sua conta no WhatsApp com um golpista que se passava por um tio dele. Por não ser a primeira tentativa de golpe que tentaram lhe aplicar, o homem estava mais atento e decidiu dar um contragolpe: fez a pessoa colocar R$ 10 em créditos em sua linha de celular.
“Já tinham avisado no grupo da família [de alguém se passando por ele] e na mesma hora chegou a mensagem”, disse ele, em entrevista ao UOL. “A ideia [do contragolpe] não é original minha, vi em algum grupo de WhatsApp ou no Instagram há algum tempo já”.
Pouco tempo depois do contato, Felipe decidiu alertar amigos e conhecidos em sua conta no Instagram com um tutorial de “Como revidar o golpe do Pix no WhatsApp”.
A pessoa havia solicitado um depósito de R$ 2.432,00, via transferência Pix, alegando dificuldades de realizar ela própria o depósito e que seu aplicativo voltaria a funcionar somente no dia seguinte. Com intuito de ludibriar o golpista, o gerente de vendas esperou para pedir recarga no seu celular, até convencê-lo de que ele não tinha dados de internet móvel.
“Eu não pedi logo de cara. Mandei dois áudios para o golpista me mostrando preocupado com a situação e para passar mais ‘veracidade’ na minha versão. Disse que ia ajudar, mas que só conseguiria fazer de noite quando chegasse em casa, porque estava sem crédito no celular”, detalha ele.

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A estratégia foi usada pois o acesso ao WhatsApp é ilimitado, dependendo das operadoras, e, para Felipe entrar no aplicativo do banco e fazer a suposta transferência, ele precisaria de créditos para ativar seu pacote de dados móveis.
“Sugeri que, se fosse urgente, ele poderia fazer a recarga no meu celular e eu adicionaria os R$ 10 no Pix”, conta. A estratégia deu certo. Ao final do contragolpe, o gerente de vendas agradeceu a recarga e a conversa não teve mais continuidade. O golpista bloqueou o contato.

Reprodução/ Instagram


Tentativa de golpe estrangeira
Na semana passada, Felipe afirma que também tentaram aplicar um golpe com um telefone estrangeiro e uma pessoa que falava em inglês, porém “arrastado para o francês”. “Ligou um número da França e a pessoa se identificava como o advogado do chefe do meu chefe”, relata ele.
Segundo ele, o golpista disse querer fazer negócios com a empresa multinacional em que ele trabalha aqui no Brasil. Contudo, a aquisição “precisava ser feita de maneira discreta”.
O golpista solicitou um depósito de US$ 20 mil dólares (cerca de R$ 113 mil). Felipe não fez mais contato e avisou o departamento de segurança da empresa em que trabalha.
A equipe relatou que o golpe está relativamente comum. “Ora se passando pelo CEO, ora pelo chefe de departamento. Vários golpes acontecendo”, avisaram a ele.
Como se proteger
Tilt, canal de ciência e tecnologia do UOL, já mostrou outras trollagens em golpistas pelo WhatsApp e apontou dicas de segurança e o que fazer diante de situações semelhantes que você pode ver clicando aqui. Confira algumas delas a seguir.
Aumentando a segurança: O WhatsApp sugere algumas medidas de segurança para evitar o roubo de contas
Nunca compartilhar código de confirmação do WhatsApp recebido por SMS com amigos ou familiares.
Desconfie de pessoas pedindo dinheiro via mensagem e sempre ligue para confirmar antes de fazer qualquer tipo de transferência. Não abrir links desconhecidos recebido via SMS. Cuidado ao abrir links recebidos. O golpe em que se envia uma mensagem chamativa com um link malicioso é chamado de phishing.
Os golpistas costumam usar falsas promoções, atualizações de cadastro, ofertas de emprego e notícias sobre celebridades para atrair a vítima.
Ao clicar, um programa espião, por exemplo, pode ser instalado no celular para obter informações pessoais, como dados bancários.
Confirmação em duas etapas: Ela funciona como uma camada a mais de segurança e pode ser ativada nas configurações do aplicativo.
Para isso, vá em Configurações > Conta > Confirmação em duas etapas.
Crie um PIN (conjunto de códigos numéricos) que será solicitado de tempos em tempos. *Nome real foi preservado a pedido da fonte para resguardar suas identidade e segurança.
Fonte:UOL


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