Após 30 dias de greve e sem nenhum tipo de proposta por parte da prefeitura, o Sindicato do Médicos (Sindmed) realizou, na última terça-feira, 7, uma assembleia com os médicos efetivos e temporários da rede municipal de Rio Branco e decidiram, por unanimidade, seguir com a greve por tempo indeterminado.
“A gente fez uma assembleia para deliberar qual seria o próximo passo e, de forma unânime, todos os profissionais da prefeitura optaram por manter, na verdade, por iniciar, o que chamamos de nova etapa, uma nova greve, que começa segunda-feira, 13, por tempo indeterminado”, disse o presidente do Sindmed, Guilherme Pulici.
O médico diz ainda que a categoria irá cumprir com 20% dos profissionais em greve. E explica que foi mudada a base de cálculo, pois ficou mal explicado qual seria a base de cálculo para cumprir os 90% trabalhando, de acordo com a liminar acatada pelo Tribunal de Justiça.
“O sindicato dos médicos entrou com embargos declaratórios pedindo que fosse explicado como é que seria base de cálculo, considerando que são um total de mais ou menos 117 servidores médicos na prefeitura, dos quais 48 são médicos efetivos e provisórios e o restante são mais médicos. E os mais médicos já não participam da greve, pois é que um contrato mantido pela União, enquanto os provisórios e efetivos são mantidos pelo município. Inicialmente fizemos o cálculo baseado somente nesses 48, mas como isso não foi bem detalhado pela decisão judicial optamos tomar como base o 117 e fixamos o valor de 20% para iniciar esse segundo movimento”, conta Pulici.
Guilherme destaca, inclusive, que as portas continuam abertas para negociar e que aguardam por respostas da Secretaria Municipal de Saúde e da Casa Civil para chegarem a um acordo e colocarem fim nesse movimento paredista.
“As declarações que foram emitidas pelo pelo secretário de gestão http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa são falaciosas, porque diz que qualquer concessão para classe médica agora oneraria em mais de 30% na folha da prefeitura e isso não é verdade. A gente sabe e a imprensa tem veiculado a intenção do prefeito em abrir uma nova secretaria com dezenas de cargos comissionados. Então isso sim onera os cofres públicos e não profissionais efetivos e provisórios que estão aí há anos prestando assistência a população. E esses cargos comissionados sabemos que trabalham para o governo e não para interesse público”, finaliza.
Nossa equipe entrou em contato com a prefeitura, mas até a publicação da matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto caso tenham interesse em se manifestar.