A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1% no trimestre encerrado em outubro, mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação estava em 13,7% no trimestre anterior e em 14,3% no mesmo período do ano passado.
A população desocupada caiu 10,4% na comparação com o trimestre anterior, para 12,9 milhões de pessoas – o trimestre encerrado em julho tinha 14,4 milhões. Na comparação anual, a queda foi de 11,3% – havia 14,6 milhões de desocupados no trimestre encerrado em outubro de 2020.
A força de trabalho (soma de ocupados e desocupados) chegou a 106,9 milhões de pessoas no período, um aumento de 1,7% (1,8 milhão de pessoas) ante ao trimestre encerrado em julho e de 7% frente ao mesmo trimestre de 2020.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.449 no período, queda de 11,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de renda habitual paga aos ocupados somou R$ 225 bilhões no trimestre até outubro, queda de 1,9% ante igual período do ano anterior.
Em um trimestre, o Brasil passou a ter mais 1,782 milhão de trabalhadores atuando na informalidade.
A taxa de informalidade foi de 40,7% da população ocupada, ou 38,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,2% e, no mesmo trimestre de 2020, 38,4%.
Desempregados há mais de dois anos
Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na semana passada mostrou que quase 30% dos cerca de 13,5 milhões de desempregados no terceiro trimestre de 2021 estavam em busca de uma vaga há mais de dois anos, maior porcentual de pessoas nessa situação em toda a série histórica iniciada em 2012.
O aumento do tempo de permanência no desemprego é mais um indício de que a situação do mercado de trabalho continua desafiadora, segundo o instituto.
Fonte: Estadão