Começa júri de acusados de assassinar jovem que não teve corpo achado no Acre

Foto: Reprodução

O júri de quatro acusados de participação na morte da jovem Kesia Nascimento da Silva, de 20 anos, começou às 7h30 desta segunda-feira (13) o. O julgamento ocorre na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.


O grupo responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, corrupção de menores, ocultação de cadáver e por integrar organização criminosa.


Kesia sumiu no dia 28 de janeiro do ano passado em Rio Branco e, apesar de o corpo dela nunca ter sido encontrado, a polícia concluiu que a jovem foi morta.


Entre os réus julgados nesta segunda, estão Thalysson Jesus da Silva, João Vitor da Cunha Pereira, Moisés Inácio da Silva, Ana Lúcia Barros de Oliveira, todos presos no Acre. Conforme a Justiça, além dos quatro réus, devem ser ouvidas cinco testemunhas, entre elas a mãe e uma prima da vítima.


Segundo a Justiça, após pedido das defesas de Camila Cristine de Souza Freitas e José Natanael Aquino Duarte, o julgamento deles foi adiado e deve ocorrer somente no ano que vem. A nova data ainda não foi marcada. Os dois também estão presos no Acre


Além desses seis, Amanda de Lima Moura, que está foragida, Rita Rocha Nascimento e Veralucia Marques, que estão presas em São Paulo, também são acusadas do crime mas tiveram os processos desmembrados.


O processo tramita em segredo de Justiça. Segundo a defesa de Ana Lúcia, ela confessou ter participado do crime, mas atuou em defesa da vítima para que ela não fosse morta. Já a defesa de Thalysson, Moisés e João Vitor informou que Moisés confessou o crime durante a instrução do processo e que os outros dois negaram a autoria.


A advogada de Natanel, Aliany Celestreini afirmou que o processo dele foi desmembrado a pedido da defesa por ter duas pautas marcadas para o mesmo dia. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Camila Cristine.


A primeira audiência do caso ocorreu no último dia 10 de maio, por videoconferência, onde foram ouvidas sete testemunhas. Como não foi possível concluir o interrogatório das testemunhas e dos réus, uma segunda audiência ocorreu em junho.


Kesia sumiu após deixar o filho pequeno em uma lanchonete da família, na Estrada da Floresta, em Rio Branco. Ela tinha esquizofrenia, fazia tratamento contra a doença e tomava remédios.


Em novembro do ano passado, a Justiça do Acre aceitou denúncia contra nove pessoas acusadas de participação na morte da jovem.


Crime assistido por videoconferência

As investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que a ordem para matar a jovem partiu de duas mulheres que estavam em São Paulo. As suspeitas foram presas no último dia 15 de outubro, durante a terceira fase da Operação Sinapse, da Polícia Civil. Elas teriam assistido a execução de Kesia por videoconferência.


A polícia concluiu ainda que a jovem foi morta, esquartejada e depois teve o corpo jogado no Rio Acre. A motivação do crime seria porque a jovem teria mudado de facção criminosa e então foi vítima de uma retaliação.


Além dos nove acusados que viraram réus no processo, dois adolescentes também foram apontados pela polícia como participantes do crime.


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