A China adotará medidas drásticas se Taiwan promover ações visando a independência, disse Ma Xiaoguang, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan, em uma entrevista nesta quarta-feira (29).
Ele afirmo ainda que as provocações taiwanesas e as interferências externas podem se intensificar no próximo ano.
A China reivindica Taiwan, que tem um governo democrático, como seu próprio território, tendo reforçado sua pressão militar e diplomática nos últimos dois anos para afirmar sua reivindicação de soberania, o que causa revolta na ilha e preocupações nos Estados Unidos.
A China está disposta a fazer de tudo para buscar uma reunificação pacífica com Taiwan, mas agirá se qualquer linha vermelha a respeito da independência for cruzada, disse Ma Xiaoguang.
“Se forças separatistas de Taiwan que buscam a independência provocarem, usarem força ou mesmo romperem qualquer linha vermelha, teremos que adotar medidas drásticas”, disse Ma.
Taiwan se tornou um fator central das relações tensionadas da China com os EUA, país que é o apoiador internacional e fornecedor de armas mais importantes da ilha apesar da inexistência de laços diplomáticos formais.
A China descreve a ilha com frequência como a questão mais delicada das relações com os EUA.
Ma disse que uma provocação de forças pró-independência e uma “intervenção externa” podem se tornar “mais agudas e mais intensas” nos próximos meses.
“No ano que vem, a situação no Estreito de Taiwan se tornará mais complexa e grave”, disse.
O governo chinês enviou diversas missões aéreas ao Estreito de Taiwan nos últimos meses para pressionar Taiwan, que diz que não cederá a quaisquer ameaças.
Embora os EUA só reconheçam uma China, são obrigados por lei a proporcionar a Taiwan os meios de se defender e há tempos seguem a política de “ambiguidade estratégica” no tocante a uma eventual intervenção militar para proteger Taiwan no caso de um ataque chinês.
O governo derrotado da República da China fugiu para Taiwan em 1949 depois de perder uma guerra civil para os comunistas, que estabeleceram a República Popular da China.
Fonte: G1